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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Final Distrital Individual - 6ª jornada

Mesa 6. Hugo Soares [1574] 1-0 João Pedro Castro [1412]



Jogou-se ontem a 6ª, e penúltima, ronda da Final do Distrital Individual. Depois do desaire da última ronda, precisava desesperadamente de uma vitória hoje para tentar ainda superar a marca dos 3 pontos, resultado na época anterior.

Contra João Castro, voltei a jogar de Brancas, e efectuei o meu desenvolvimento bastante rápido, tendo a certa altura focado em atingir o peão de b7. No entanto, a minha rapidez foi apenas até ao lance 16, quando o meu adversário joga 16...Cc5! pelo qual não estava propriamente à espera e que me estragou os planos. As Pretas estavam na iminência de ganharem um peão, já que não vi a variante em que salvava o meu peão e mantinha uma estrutura razoável (ver em cima), mas como demorei aproximadamente 30 minutos para escolher uma variante, o meu adversário lá achou que não deveria tomar o peão de a4, e preferiu jogar primeiro 17...h5? que coloca as Pretas numa situação delicada, pois numa série de lances seguidos passam a jogar apenas com Dama frente a duas Torres e Bispo. A partir desta altura, a partida praticamente simplificou com umas trocas de peões e quando consegui um lugar seguro para o meu Bispo enquanto tinha total liberdade com as Torres para atacar os peões de c5 e a6. Assim, nesta altura, as Pretas desistem.

Passo a contar assim com 2.5 pontos, e na última ronda vou enfrentar o último classificado, Rafael Silva, que conta por derrotas todos os jogos deste torneio. Abrem-se assim as perspectivas para terminar o torneio com 3.5 pontos, superando a marca do ano passado.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Final Distrital Individual - 5ª jornada

Mesa 6. Hugo Soares [1574] 0-1 Rogério Oliveira [1540]






Jogou-se ontem mais uma ronda da Final do Distrital Individual. Nesta partida estava com confiança para voltar às vitórias pois estava a ficar para trás e apenas com 1.5 pontos após 4 sessões.

O meu adversário optou por utilizar a Defesa Nimzo-Indian, variante clássica. A partida seguiu um desenvolvimento normal, com as brancas a terem uma maior presença no centro, após terem os peões em e5 e d5. Nesta altura o jogo ficou algo passivo porque tentava arranjar um plano para furar a defesa das Pretas, enquanto que estas planeavam colocar pelo menos um Cavalo em f4. Depois de termos trocado um par de Cavalos, e ter jogado f3 senti que teria uma maior vantagem, pois tinha uma estrutura de peões sólida, e a coluna-c livre para procurar um ataque, que o fiz. No entanto o Bispo de d6 foi sempre uma chatice para mim pois era bastante difícil eliminá-lo do tabuleiro enquanto estava ao mesmo tempo a defender c7 e a impedir que eu jogasse e5. As pretas foram-se defendendo como podiam, sem me ter dado hipótese de ganhar alguma vantagem, tendo proposto empate após 36...Te7, mas senti que estava na obrigação de tentar a vitória, já com o meu adversário em apuros de tempo. Arranjei um plano de conseguir eliminar o Bispo de d6, com uma série de lances estudados, tendo-me falhado dois lances, num em que eu perdia um peão e noutro em que até conseguia trocar a minha Torre pela Dama. Ao lance 44 as Pretas já com pouco tempo sacrificam o seu Bispo por dois Peões e com perspectivas de mate, mas eu tinha tudo defendido. Tinha, disse eu  bem pois ao lance 48 ofereço mate em 1 com 48. Cxf4 ?? O meu adversário tinha 3 minutos no relógio e queria aproveitar esse facto, mas quem se prejudicou fui eu. 48. Te6, por exemplo, ganhava a partida.

Foi um grande sentimento de frustração que senti após ter levado mate, quando tinha esta partida na mão, e quando já estou  num nível em que erros destes são inaceitáveis. Com isto, mantenho-me perto do fundo da lista dos jogadores, com 1.5 pontos e com mais do que obrigação de vencer as duas últimas partidas e tentar minimizar os estragos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Final Distrital Individual - 3ª jornada

Mesa 4. Hugo Soares [1574] 1/2 - 1/2Carlos Ribeiro [1483]




Acabou à poucas horas a 3ª ronda da Final do Distrital Individual. Prometia ser uma ronda interessante, com embates imprevisíveis, e os resultados vieram a confirmar esse facto, com 4 empates em 8 jogos.

Quanto a mim, defrontei pela 2ª vez Carlos Ribeiro (a primeira foi numa ronda da Taça AXP salvo erro), mas desta vez de Brancas. Carlos Ribeiro vinha de uma série de 2 empates consecutivos, e esta partida acabou por confirmar a tendência dos resultados do jogador do NXST, acabando em mais um empate. Se ainda não venceu nenhum jogo, Carlos pode no entanto regozijar-se por ser um dos 5 jogadores do torneio ainda sem derrotas (Jorge Ferreira, António Silva, Mário Massena e Miguel Ferreira).

Relativamente à partida, foi uma partida algo calma sem grandes situações de preocupação para cada lado (o Chessmaster indica 0.00 de erros para cada lado). As pretas optaram pela Defesa Eslava, Variante Aceite, pelo que respondi com a variante Alapine, a4. Parecia que iria haver alguma acção no centro do tabuleiro, mas ambos Bispos e Cavalos foram imediatamente trocados. Por essa altura sentia que o jogo tanto podia tender para um lado como para o outro, se bem que eu era o jogador mais activo, com 3 peões já na 4ª fila e mais 1 na 5ª fila, enquanto as pretas tinham alguns peões na 7ª fila e outros na 6ª. Foi no lance 28 que demorei mais tempo a decidir-me, com 28.g3 (que era o lance pedido pelo computador), já que as Pretas ameaçavam formar o canhão de Alekhine e jogar e5, mas eu ao jogar Re1 ou Re2 iria dar a oportunidade das Pretas atacarem com Dg5. Após o lance 33, as Damas tinha sido trocadas, e eu tinha 3 ilhas de 2 peões cada enquanto as Pretas tinham 2 ilhas de 3 peões cada. Ainda assim, o equilíbrio predominava, e fiz com que o meu adversário trocasse uma das Torres, para pouco depois acertarmos o empate. 

Quanto às outras partidas, a partida mais emocionante acabou num empate com António Silva a sacrificar Bispo e Torre para conseguir xeque perpétuo frente a Jorge Ferreira, com ambos já em claros apuros de tempo. A surpresa da jornada veio da mesa 6, com Emanuel Sousa a vencer o mais cotado Fernando Azevedo. O meu colega de clube Francisco Assunção, após um belo sacrifício de Cavalo, não conseguiu promover o seu peão, e Rogério Oliveira com uma série de xeques consecutivos conseguiu levar a partida para empate.

A 4ª ronda joga-se na sexta-feira, onde eu deverei defrontar, mais uma vez, Francisco Assunção, tornando-se um hábito nos torneios que jogamos juntos (5º e 6º A Arte da Guerra, Final Distrital Individual 2010, outros torneios de rápidas/semi-rápidas).



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Final Distrital Individual - 2ª jornada

Mesa 2. MN António Silva [2224] 1-0 Hugo Soares [1574]



Chegados à 2ª ronda da Final do Distrital Individual, já estava na 2ª mesa a defrontar um dos grandes favoritos à vitória no torneio, o Mestre Nacional António Silva. A probabilidade de vitória era escassa, mas existia.

No entanto, esta partida não tem grande história para ser contada já que com dois erros de abertura que cometi, praticamente comprometeu bastante o meu destino. 7...Tc8 foi um lance desnecessário, que poderia ser jogado mas numa fase mais avançada do jogo, quando já tivesse desenvolvido todas as peças e feito o roque, e depois 8...Bxc1 foi um lance realmente mau. Troco o Bispo que controlava as casas brancas, por uma peça que era inferior a esse Bispo, e o meu jogo ficou condicionado. Ao lance 18 o resultado da partida ficou bem à vista quando vi-me impedido de fazer o roque e bloqueei o meu Bispo e uma Torrre, que passaram o jogo inactivos. A partir desta altura os lances foram quase todos óbvios e foi uma questão de tempo para que as Brancas chegassem à vitória, e um jogador da qualidade do meu adversário não iria certamente deixar fugir a vitória.

Mantenho assim 1 ponto após 2 rondas, que com as partidas realizadas encontra-se dentro das expectativas. Na 3ª ronda vou ter mais um elevado desafio à minha capacidade, ao defrontar de Brancas o jogador do NX Santo Tirso, Carlos Ribeiro, que vem de dois empates moralizadores.

Destaque ainda para o jogo da 1ª mesa, em que os dois grandes favoritos ao título de campeão distrital se vão defrontar e em caso de vitória para um dos lados, poderá ser mais de meio caminho andado para o título.

sábado, 2 de julho de 2011

Final Distrital Individual - 1ª jornada

Mesa 7. Hugo Soares [1574] 1-0 Gustavo Oliveira [1367]




E a final do Distrital Individual 2011 já arrancou! Na altura de se iniciar este torneio, apenas um dos jogadores apurados não compareceu, Fernando Nunes, tendo sido substituído pelo seu colega de clube Rogério Oliveira. Assim, subi uma posição da original e comecei o torneio como 7º do ranking geral.

A minha primeira partida, frente ao Vice-Campeão Distrital de Sub-12 Gustavo Oliveira, não se adivinhava muito complicada, mas na realidade passei por alguns sobressaltos.

Numa partida em que tive sempre a iniciativa de jogo, tentei cedo pressionar o meu adversário, para tentar ganhar um peão central, que não se veio a concretizar com as pretas a defenderem-se bem. No entanto, decidi "complicar" a partida, e principalmente a meu favor, com 19.Cc7, numa tentativa de encostar as Torres pretas na última fila, e tentar ganhar a qualidade, mas o tiro saiu-me ao lado e vi-me numa situação prestes a perder uma peça, tendo conseguido sair dessa situação sacrificando um peão. Após análise, vi que tive um grande erro nessa situação, quando 24.Cxd5 ganhava uma peça, mas foi numa altura que psicologicamente já estava afectado com a perspectiva de perder uma peça. Recompus-me mentalmente, e eventualmente consegui recuperar o peão que tinha de desvantagem, e a partir daí juntou-se algumas jogadas não muito bem pensadas do meu adversário a jogadas minhas sem qualquer erro, conseguindo ganhar uma vantagem séria na partida, e entrando num final com um Bispo e um peão de vantagem.

Quanto aos restantes resultados, todos os que tinham terminado na altura em que saí do recinto de jogo, acabaram conforme as perspectivas, exceptuando dois. No primeiro, Mário Massena venceu o favorito Álvaro Brandão após falta de comparência deste, e em segundo foi José Cachorreiro que se encontrava em apuros frente a Emanuel Sousa, tendo depois equilibrado a partida que nessa altura estava com duas Torres para Cachorreiro e uma Dama para Emanuel, mais peões.

A 2ª jornada deste torneio, realizar-se-à na próxima segunda feira. Entretanto, vou amanhã de manhã à Vila das Aves jogar pelo AC Alfenense I, no Distrital por Equipas de Rápidas.


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Campeonato Nacional 3ª Divisão - 5ª ronda

GD Dias Ferreira D 1.5-2.5 AC Alfenense

Pedro Mendes (1677) 0.5 - 0.5 Francisco Assunção (1465)
Miguel Simões (1660) 0.5 - 0.5 Hugo Soares (1537)
Nuno Andrade (1676) 0.5 - 0.5 António B. Pintor (1499)
Henish Balu (1675) 0 - 1 José Pintor (1397)



Na 5ª ronda, da Série B do Campeonato Nacional por Equipas da 3ª divisão, foi altura de visitar a, até aqui, única equipa invencível, que apresentava 3 vitórias em tantos jogos, o GD Dias Ferreira D, depois do empate caseiro frente à formação C do mesmo clube. As expectativas eram grandes, visto que a equipa estava a precisar desesperadamente de uma vitória para continuar a lutar pela permanência nos Campeonatos Nacionais. A mim, calhou-me defrontar o jovem sub-18 Miguel Simões.

Frente ao meu 1. d4, o meu adversário optou por utilizar a Defesa Índia de Rei, variante da troca de Damas. Esta é uma linha na qual me sentia algo à vontade visto ser muito utilizada em partidas online. Após a troca das Damas, esta variante deixa a coluna-d aberta, e inicialmente são as pretas a tomar conta dela, jogando 11...c6 em vez de 11...Te8, que daria espaço a 12. Cd5, obrigando as Pretas a trocarem os Cavalos. No entanto, as Pretas perdem um tempo com 13.. Td4 e 14.. TxT+, ficando as Brancas a controlarem a coluna-d. A partir desta altura, a partida ficou muito posicional, e com 17. Bxg4 tentei tirar partido dos dois peões dobrados das Pretas na coluna-g, mas nunca me foi possível ataca-los. Nesta altura, o equilíbrio dominava o tabuleiro, e a única vantagem mais significativa que as Pretas teriam era o par de Bispos. Tinha que arranjar um plano e passou pela tentativa de almejar o peão de e5, mas as Pretas conseguiram sempre ter tudo defendido. Ao lance 25 poderia ter obtido empate por repetição de posição após 25. Td7+ Te7, se continuasse com 26. Td6, pelo que o melhor que as Pretas tinham era 26... Te6, já que 26.. c5 dava lugar a 27. Cd5 com vantagem para as Brancas. Optei, no entanto, por trocar de imediato as Torres numa futura tentativa de ingressar o meu Cavalo nas linhas inimigas, mas a partida estava demasiado empatada, e bem jogada era muito díficil de ser ganha por qualquer jogador. Então, propus a troca do meu Cavalo por um Bispo, e nessa altura o empate foi acertado, numa posição claramente empatada. 

A minha partida foi a primeira a terminar. De seguida, terminou a partida do 4º tabuleiro, com vitória de José Pintor. José até começou por estar em desvantagem, até ter equilibrado a partida, e já no final com Henish Balu em apuros de tempo conseguiu ganhar um peão e trocar as Torres no que passou a ser um final fácil de ganhar, sendo que no entanto Balu perdeu por tempo. Após 4h de jogo, as partidas das mesas 1 e 3 ainda decorriam. A primeira destas a terminar foi a da mesa um, com um empate para Francisco Assunção. Francisco descobriu um lance brilhante, e ganhou a qualidade a Pedro Mendes, mas já no final e quando tinha 2 Torres e Dama vs Dama e Torre (mais peões), foi obrigado a trocar a Dama pela Torre, ou levaria mate. Após bastantes xeques das Brancas, o empate foi acertado já que as Brancas mais não tinham a fazer do que xeques, conseguindo o Rei das Pretas sempre escapar. Finalmente, e após aproximadamente 80 lances, António B. Pintor garantiu um empate, que daria a vitória final à equipa. Esta partida começou a estar empatada logo a partir do lance 40, mais lance ou menos lance. No entanto, Nuno Andrade via a sua equipa em desvantagem logo tentou "espremer" a partida ao máximo, tudo para passados uns 40 lances se aperceber da posição empatada, e ter aceito a proposta de empate, isto é, a 3ª proposta de empate após ter rejeitado as primeiras duas.

Esta vitória acaba por ser bastante satisfatória para a equipa, principalmente por ser a primeira, e nos dar mais alguma margem de manobra relativamente à manutenção. Ficam a restar duas jornadas, que irão definir o futuro da equipa para a próxima época, sendo o próximo bastante importante, com a recepção do Profigaia, e concluindo o Campeonato com a visita ao GX Porto C. Por equipas, o próximo jogo será a contar para a 4ª ronda da Taça AXP, dia 12 de Março, frente ao Moto Clube do Porto A

Classificação após 5 rondas:



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 7ª ronda (Última)

Mesa 1. Hugo Soares [1537] 1-0 Jorge Dias [1384]






À terceira ronda, quando cheguei pela primeira vez à 1ª mesa, em tom de brincadeira disse a Francisco Assunção que depois de lá chegar, já não saía mais de lá. De facto, mantive-me nessa mesa até esta última jornada, onde defrontava Jorge Dias, do clube da casa. Empatado pontualmente com Francisco, necessitava de uma vitória para garantir também a vitória neste torneio, visto que nos critérios de desempate ficaria provavelmente na frente. Assim, e embora não previsse que este seria um jogo muito complicado, estava algo nervoso no início da partida.

Logo ao primeiro lance da partida, Jorge "surpreendeu" ao desviar-se do jogo da última jornada  frente a Francisco (1. d4 Cf6), e jogou 1... d5. Ainda me senti mais à vontade depois de ver o meu adversário a usar a Defesa de Marshall , e ao lance 9, a estrutura dos peões das Brancas era igual à estrutura típica da defesa Grunfeld, mas como as peças das pretas não estavam nas posições desta defesa, a minha vantagem nesta altura era de +1.00. O jogo ia-se resolver alguns lances depois, quando ao lance 14 já estava a ganhar por um Bispo e um Cavalo, com o meu adversário a ter um peão como compensação. A partir daí a partida foi-se desenrolando naturalmente até que o mate apareceu ao lance 29. Antes, com 28. d5 já tinha mate em 9, mas o meu adversário não quis perder tempo e ofereceu-me mate na jogada seguinte, provavelmente para ir ver o Benfica. Numa análise no ChessMaster XI, tenho 0% de erros.

Com esta vitória, sagraria-me em princípio vencedor do torneio. Ainda assim, na mesa ao lado, um erro de cálculo de Francisco (numa noite desinspirada) custou-lhe a partida o que fez com que já não precisasse de fazer contas nenhumas. Era oficialmente o vencedor da 6ª edição deste torneio, depois de dois segundos lugares consecutivos (ambos com 5.5/7), após um torneio quase perfeito, apenas com um empate cedido frente a Francisco. A derrota de Francisco acabou por não influenciar a sua posição, entrando na 7ª ronda em segundo lugar e terminando nessa mesma posição, após a vitória na 5ª edição deste torneio. Surpreendente foi o 3º lugar de Hugo Moreira, com a vitória sobre Francisco nesta jornada, e ultrapassando J.Cachorreiro no desempate. A  entrega dos prémios será na próxima quinta-feira, e aqui colocarei depois as fotografias.

Ao fundo: José Cachorreiro - Rui Ferreira; Ao meio: Francisco Assunção - Hugo Moreira; Em primeiro plano: Jorge Dias - Hugo Soares (altura em que me preparava para ganhar duas peças)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 6ª ronda (Penúltima)

Mesa 1. José Cachorreiro [1684] 0-1 Hugo Soares [1537] 



E à terceira foi de vez! Esta é a frase ideal para começar a notícia acerca da 6ª e penúltima jornada da Preliminar A do Distrital Individual do Porto. Nesta jornada, uma vitória bastava para obter um lugar garantido na Final do Distrital, mas o jogo não se adivinhava fácil pois era frente ao nº1 do ranking inicial, José Cachorreiro. Esta era a terceira vez que nos encontrávamos neste torneio, depois de na 4ª edição eu ter perdido e na 5ª edição termos empatado. O único registo de vitória para o meu lado aconteceu no Distrital de Rápidas por Equipas da época passada. Assim, precisei de preparar algo novo para este jogo, e com uma ideia do homem das aberturas, o meu colega Francisco Assunção, decidi experimentar a Caro-Kann, sabendo de ante-mão que Cachorreiro já havia perdido neste torneio frente à mesma defesa, contra Carlos Ribeiro.

O jogo iniciou-se com a variante do avanço, da defesa caro-kann, variante onde tinha incidido mais o meu estudo prévio. Nesta defesa, as Pretas ficam com uma estrutura de peões bastante sólida e normalmente vantajosa nos finais e as peças vão sendo desenvolvidas sem grandes riscos. Segundo o ChessMaster XI, eu acabei por sair do livro ao lance 6 com Cd7, quando Da5+ estaria dentro da teoria. No entanto este lance de  Cavalo possibilitava-me romper o centro com c5, defendendo ao mesmo tempo eventuais xeques tal como Db5+. O jogo prosseguiu calmamente, com algumas trocas para cada lado. Ao lance 21 o jogo parecia tornar-se mais intenso com ambas Torres de cada cor nas linhas opostas das colunas d e c, as Pretas com um bom Cavalo em d5 e as Brancas com dois Cavalos centrais em d4 e c4, apontados a várias casas. No entanto, tentava ainda arranjar um bom plano quando as Brancas fazem 25.Cd4 . Tomei de imediato o Cavalo, com ideia de depois jogar b5 e ganhar o Cavalo (ou a Torre), mas só depois vi que 28. Tcd1 defendia tudo e acabava por não ganhar nada, mantendo-se o jogo empatado como estava até ai. Mas o facto é que o meu adversário não viu esta linha e eu aproveitei ganhando o Cavalo. A partir daí as Torres foram trocadas e o resto do jogo é história. Uma pequena nota para um lance caricato que esteve perto de acontecer ao lance 38 quando peguei no Cavalo e ia preparar-me para largá-lo em e7 vendo imediatamente f6+ e acabei por jogar Cd8. Se este lance tivesse sido jogado, e perdesse um Cavalo por peão, a verdade é que curiosamente a minha vantagem ia para +9.00. Ainda segundo o ChessMaster XI, 38... Cd8 foi apenas o segundo lance na partida toda em que não concordou comigo, preferindo h5.

Com esta vitória acabei por garantir a qualificação para a final do Distrital, e ainda com uma jornada a faltar. Quem também garantiu este feito foi Francisco, vencendo a sua partida. A disputa entre o 1º e o 2º lugar ficará marcada para a última ronda, onde eventualmente tudo se poderá decidir no desempate. Nesta ronda, irei defrontar Jorge Dias, de Brancas. 

Após dois segundos lugares consecutivos neste torneio, será que desta também à 3ª será de vez? Para isto e muito mais, não percam o próximo episódio, porque nós também não! :P

Entretanto, no próximo sábado volta a Taça AXP, com a 3ª ronda e um excitante jogo GXP I - AC Alfenense I. Será uma partida difícil para os visitantes, no entanto tudo daremos para conseguirmos algum ponto.

PS. Será mais um reencontro neste torneio, depois de ter defrontado Jorge Dias no "4º A Arte da Guerra", aí de pretas e com um empate como resultado final.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 5ª ronda

Mesa 1. Hugo Soares [1537] 1-0 Fernando Azevedo [1571]



Na 5ª ronda, e como já tem acontecido desde a 3ª, voltei a sentar-me na primeira mesa. Aí, defrontei o meu adversário mais cotado até ao momento, o nº2 do ranking inicial, Fernando Azevedo (note-se que eu sou o nº3 do ranking inicial). Esta era uma partida importante na medida que defrontava um adversário directo na luta por um lugar na Final do Distrital Individual.

O meu adversário iniciou a partida usando a defesa Semi-Eslava, onde as Brancas têm uma ligeira vantagem após a abertura, mas esta vantagem aumentou logo ao 11º lance, com a oferta de um peão das Pretas. Eu fiquei, no entanto, com dois peões dobrados. Ao lance 20, a minha vantagem volta a aumentar, não materialmente, mas posicionalmente com um Cavalo muito bem colocado. Nesta altura falhei uma táctica em que um belo sacrifício de Cavalo faria com que trocasse Bispo por Torre. Neste jogo nunca deixei de ter vantagem, no entanto esta passou por momentos melhores e outros menos bons. Por volta do lance 30, o meu adversário poderia ter equalizado as contas com 31...Cxe4 32. Bxe4 Txc4 mas optou por oferecer a troca de uma das Torres. Após umas trocas, as Pretas recuperaram um peão, mantendo eu ainda assim um peão de vantagem. Um dos grandes problemas do meu adversário foi o tempo, pois ao lance 40 o tempo disponível já era perto de 15 minutos. Assim, o meu adversário optou por simplificar a partida e trocar as Damas e Torre, trocas que me fortaleceram. A partir desta altura, foi apenas aplicar um bom desempenho em finais e aproveitar os erros do adversário para vencer a partida. A partida acabou ao lance 58, após 3h de jogo.

Com esta vitória, continuo o meu bom registo neste torneio com 4 vitórias e 1 empate em 5 partidas, e aproveitei também para ganhar mais 13 pontos de Elo Fide. O meu colega Francisco Assunção também venceu a sua partida e mantém-se na frente do torneio empatado comigo (eu venço para já no critério de desempate). Atrás de nós surgem dois jogadores do NXST, que são José Cachorreiro e Jorge Dias, ambos com 4 pontos. Na 6ª e penúltima ronda, os jogos das primeiras duas mesas deverão ser J.Cachorreiro - H.Soares e F.Assunção - J. Dias, o que em caso de vitória dos jogadores do AC Alfenense poderá já garantir o apuramento de ambos para a Final.


domingo, 23 de janeiro de 2011

Campeonato Nacional 3ª Divisão - 3ª ronda

Clube Millennium BCP 2-2 AC Alfenense

Mário Marques (1766) ½-½ Francisco Assunção (1505)
Jorge Pinheiro (1569) ½-½ Hugo Soares (1537)
António Araújo (1682) 0-1 António B. Pintor (1499)
Bernardino Pereira (1344) 1-0 José Pintor (1397)


Jogou-se hoje à tarde mais uma ronda da 3ª Divisão do Campeonato Nacional por Equipas. Depois do desaire caseiro frente ao GX Porto IV (0.5-3.5) a equipa queria hoje redimir-se na visita ao Clube Millennium BCP, jogo este realizado nas instalações do GX Porto. Este era um jogo importante na luta pela permanência já que embora na teoria o adversário fosse mais forte, este era um jogo ao nosso alcance. Fica, para já, a minha partida:


O jogo iniciou-se de forma calma, com as pretas a utilizarem a Defesa Eslava, transposta depois para a Defesa Semi-Eslava variante Bogoljubow. Senti-me confortável nos primeiros lances até à ameaça de Cc4 pelo meu adversário que ia deixar um Cavalo bem posicionado (na última ronda frente a André Sousa passei um bom bocado depois do meu adversário ter deixado um Cavalo muito bem colocado) então tratei de deixar o meu Cavalo também numa boa casa, e ao lance 18 o tabuleiro estava razoavelmente simétrico.

Quando o meu adversário troca o seu Bispo pelo meu Cavalo, senti que poderia ganhar com isso alguma vantagem,  visto ganhar um peão passado que nessa altura estava bem suportado e ter as minhas Torres prontas a atacar a coluna-b. Foi isso que aconteceu e ao lance 27 o meu adversário acabou por oferecer-me um peão com 27...Bc6? A minha vantagem materializou-se ainda mais após as Torres terem sido trocadas e ter ganho mais um peão, o de b3. Com dois peões de vantagem e dois peões meus passados  não adivinhava as dificuldades que se seguiram. 41. gxf3 exf3 42. Dd1 decidia a partida obtendo o meu terceiro peão de vantagem, mas optei por 41.g3. No entanto, a ameaça de um sacrifício de Cavalo em g3 foi demasiado grande e comecei a defender quando os lances pedidos seriam avançar o meu peão passado de c5. O lance 50.c7 seria decisivo, mas mais uma vez preocupado com o sacrifício do cavalo joguei 50.Bd6. Outro lance menos conseguido foi 53. Be7? quando o melhor seria 53. Be5 tapando a diagonal da Dama ao Rei (ou mais uma vez avançar o peão passado de c6).

Ao lance 55 tive a oportunidade de mais uma vez trocar o meu Bispo pelo Cavalo e terminar com os padrões de mate mas novamente não joguei o lance pedido, e vi-me numa situação em que as Pretas tinham mate em 13! Pior do que isso foi só no lance seguinte quando me pus a jeito e as Pretas já tinha um mate em 3 (!!) que não conseguiram vislumbrar. Num final de apenas Damas e três peões para cada lado podia ter garantido o empate por perpétuo com 62. Dg4+ mas fui à tentativa de mais, mas o que quase arranjei foi maneira de perder se as Pretas jogavam 71...e2! Este lance não foi jogado e a partida acabou empatada por acordo.

Ora, após ter ganho uma vantagem de mais de 10.00 e de me ter posto numa situação de mate em 3 para o meu adversário, o empate acaba por não ser o pior dos resultados, sendo que ainda assim eu fui o primeiro a falhar e todas as oportunidades do meu adversário vieram da minha incapacidade de concretizar a minha grande vantagem.

Nas outras partidas, José Pintor desperdiçou uma boa oportunidade de vencer ao enfrentar a Defesa Alekhine, que este não enfrentou da melhor forma. Uma distracção fez com que perdesse uma Torre e eventualmente a partida. António B. Pintor foi o único do AC Alfenense a ganhar, após ter tocado o telemóvel ao seu adversário. Por fim, num jogo de 3h30, Francisco Assunção empatou numa partida em que ambos jogadores sacrificaram a qualidade em alturas diferentes e em que o seu opositor não conseguiu concretizar um final onde tinha um peão a mais, deixando-se empatar. O empate final de 2-2 acaba por ser um resultado bastante aceitável.

A 4ª ronda já só será jogada em Fevereiro, a 19, em que a equipa vai receber o GD Dias Ferreira III. Antes disso, a 12 de Fevereiro, joga-se a 3ª ronda da Taça AXP em que a equipa volta a deslocar-se à sala do GX Porto para defrontar a sua equipa A. Entretanto, a não esquecer a escaldante partida da próxima quinta-feira entre Francisco Assunção e eu, na 4ª ronda do 6º A Arte da Guerra. 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 3ª Ronda

Mesa 1. Hugo Soares [1537] 1 -0 André Martins [1331]



Nova jornada da Preliminar A do Distrital Individual do Porto e nova vitória para mim, a terceira consecutiva. Mas mais uma vez, não tive a vida facilitada, num jogo que durou 2h30 e teve 73 lances.

A partida começou tal como eu tinha previsto, ou seja, com 1. d4 d5 2. c4 Cf6 3. PxP mas aqui o meu adversário optou por tomar o peão de Dama para depois voltar à casa de partida com 4. Cc3. O jogo entrou rapidamente numa sequência de trocas em que a minha ligeira vantagem desvaneceu-se, até conseguir trocar as Torres e ficar com um bom centro de peões, ainda assim, a meu ver, o meu adversário tinha uma estrutura de peões melhor que a minha. O jogo entrou num final em que eu só pensava na vitória, observando na mesa ao lado o grande jogo da jornada entre Carlos Ribeiro e Francisco Assunção. Francisco tomava a dianteira do jogo, e eu tinha que "espremer" ao máximo a partida para tentar obter a vitória.

O que eu não vi foi que após 47...a5? as brancas têm um final ganho pois as pretas só podem movimentar o Rei, ou arriscarem-se a oferecer peões. Assim, a troca de peões no centro seria benéfica para mim pois ganharia o peão de f5 (os as pretas ofereciam o peão de b6). Como não vi esta sequência de movimentos tentei literalmente dar a volta ao tabuleiro.  Do lance 49 ao 56 o meu Rei teve o seguinte percurso: d4-e3-f3-g3-h4-h5-g5-f6! tudo isto para quando chegasse a f6 tivesse o Rei adversário em d6. O meu plano concretizou-se e consegui promover para Dama, ao passo que o meu adversário também conseguiu e com a vantagem do xeque. Eu consegui "esconder-me e a única forma das pretas tentarem agarrar o jogo era com 61...Qxc4 mas optaram por 61...Qf5 e passados uns lances consegui a vitória.

Foi então, a terceira vitória consecutiva, que me deixa na liderança do torneio agora apenas com a companhia do meu colega Francisco Assunção. Ambos com 3 pontos, levemos uma vantagem já de 1 ponto para o grupo de perseguidores com 2 pontos composto por José Cachorreiro, Carlos Alberto, André Martins, Jorge Dias, Luís Dias, Hugo Moreira, Fernando Azevedo, André Costa e Rui Miranda. Assim, na próxima jornada será certo o nosso encontro, que se irá repetir tal como na última edição deste torneio, mas desta vez com as cores invertidas. 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 1ª ronda

Mesa 3. Hugo Soares [1537] 1-0 José António Pacheco [1325]



Jogou-se hoje, em Santo Tirso, a preliminar A do Distrital Individual do Porto - 6º A Arte da Guerra.
Neste torneio, comecei como no ano passado ao defrontar de brancas José António Pacheco, que mais uma vez deu bastante luta, conseguindo eu obter a vitória após um erro de José.

Nesta partida optei por voltar aos velhos tempos e jogar 1.e4, sem grande estudo prévio, numa tentativa de obter uma vitória rápida. O meu adversário fez alguns lances estranhos na abertura, e ao lance 11 a minha vantagem já era de +0.60 segundo o Rybka.


O jogo prosseguiu com algumas trocas após que se chegou a um dos lances chave da partida:


As pretas acabam de jogar d5 na tentativa de salvarem um peão e eu jogo Bxe5? em vez de e4xd5! que ganhava um peão limpo. No entanto, a variação que estava na minha cabeça era: 1. Bxe5 d5xC 2. BxC BxB 3. TxB c3 4. Cb2 Tc8 5. Cc1, e nem prestei atenção a 4... Txa3! que só vi depois da sequência se ter iniciado. Ainda assim, o meu adversário  nem jogou o que eu inicialmente tinha pensado, nem o que me ocorreu depois, jogando 3...b5 4. Tf3. Tinha ganho um peão de vantagem mas na minha cabeça o jogo estava demasiado empatado, pois não estava a arranjar forma de desenvolver o meu jogo. Após alguns lances de Cavalos e Torres para os dois lados, atingiu-se a última posição chave da partida:


São as pretas a jogar, e muito rápido jogam o estranho 1. ...Cxb4?? 2. a3xb4 TxT 3. CxT e a partir daqui o jogo terminou. Na realidade, o lance das pretas era o  pedido mas no lance anterior, em vez de terem jogado g5, porque depois disso já tinha jogado Cc3 ao prever o que poderia ter acontecido.

Acaba por ser uma vitória difícil, num aviso para manter a minha atenção nas próximas partidas se quero atingir o pódio mais uma vez. Mais tarde irei postar a partida completa, mas esqueci-me da folha com a partida apontada e não quero introduzir lances não jogados, visto que no final os movimentos de Cavalos foram um bocado confusos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Taça AXP 1ª ronda

No passado sábado a equipa A do AC Alfenense deslocou-se a Espinho, ao Fórum Arte e Cultura de Espinho (FACE), para aí defrontar a equipa da casa na 1ª ronda da edição de 2010 da Taça AXP. Adivinhava-se um jogo compicado devido à diferença do ranking das duas equipas, mas a verdade é que a primeira surpresa desta edição aconteceu em Espinho.

A equipa de Espinho não utilizou a sua formação mais forte e pagou caro com uma surpreendente derrota por 1.5-2.5 que poderia ter tomado outros contornos.

AX Espinho (6) 1,5 - 2,5 AC Alfenense A (18)

Sérgio Ribeiro (1781) 0-1 Francisco Assunção (1465)
Nélson Monteiro (1500) 1-0 Hugo Soares (1537)
Rui Cardoso (1557) 0-1 António B. Pintor (1505)
Pedro Pereira (1529) 1/2-1/2 José Pintor (1353)

Relativamente ao meu jogo, começo por vos mostrar a partida:


Numa partida em que na realidade nunca senti muitas dificuldades, acabei por perder no momento em que provavelmente tinha a minha maior vantagem no jogo.

Depois de uns primeiros lances do "livro" decidi começar a fazer umas trocas no centro em vista de abrir a coluna-c para começar aí o meu ataque. Consegui colocar uma Torre na coluna livre e o jogo continuou a decorrer sem grandes sustos para o meu lado, até ao lance 18 que começei a ver o par de Bispos Pretos apontados ao meu roque, tal como a possibilidade da Dama Preta ajudar no ataque. No entanto o meu adversário precipitou-se com 18. ..Qh4 que não leva a nada e foi obrigado a voltar para trás, pelo que depois consegui trocar os Bispos das casas claras e começei a realmente ganhar vantagem, pois o Bispo das Brancas ficou sem casas para se movimentar.

Dobrei as Torres e Dama na mesma coluna (o famoso canhão de Alekhine) e pensava que poderia pelo menos ganhar um peão, mas o meu adversário defendeu-se bem. Já com as Damas fora do tabuleiro, e com as minhas Torres dentro do "território inimigo" acusei o aumento de confiança e cometi um erro infantil com 40.Ke5?? que acaba com a minha vantagem após 40... g5! encurralando o meu Rei e com mate na jogada seguinte. Tive que sacrificar a Torre para não levar mate de seguida, mas o jogo estava terminado.

Retiro desta partida o meu razoável jogo inicial, e a necessidade de inspirar fundo quando a pressão começa a aumentar.

Com esta vitória colectiva, o AC Alfenense garante desde já mais do que fez no ano passado,  onde foi eliminado com 2 derrotas em 2 partidas, e jogará na 2ª ronda em casa frente ao "AP Vila D'Este B" onde é claramente favorito e terá assim a hipótese de chegar pela 1ª vez à 4ª ronda.

Relativamente à equipa B, esta perdeu por 0-4 frente a "AX Gaia A", e vai agora receber em casa a equipa "AX Espinho", que vai tentar "vingar-se" da última derrota.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Análise da partida Francisco Assunção - Hugo Soares


No "IV torneio Aberto da Fontes" o AC Alfenense esteve presente com alguns atletas, eu lá incluído claro. Na última jornada, a 6ª, lá ia eu a 0.5 ponto do 1º, empatado com alguns jogadores, após 3 vitórias e 2 empates. Nesta última jornada joguei com o meu colega de clube, Francisco Assunção, este que era o nosso quarto confronto em torneios, curiosamente a primeira vez que eu jogava de brancas. Ganhar ou pelo menos empatar era decisivo na luta por um lugar no pódio. Fica aqui a partida, e em baixo a análise:


Nesta partida optei por não jogar a Siciliana, como joguei noutros jogos neste torneio, isto por não me sentir completamente preparado para entrar numa grande batalha táctica. Ainda assim esta foi uma partida muito interessante.

Após 7... Cxe4 estava à espera de algo como 8. BxB CxB 9. Cc3 O-O mas as Brancas seguiram com 8. Bxf7+ ?!, uma jogada que sai da linha principal mas que tem como objectivo recuperar o peão e estragar o roque das pretas. No entanto após o lance 12 eu já tinha o roque (indirectamente) feito e a minha Torre em e8, pelo que estava numa posição confortável.

Tirar o meu Cavalo de e4 pode também ter sido prematuro, pois controlava a saída do Cavalo das Brancas, sendo que c5 seria um lance razoável, no qual pensei durante a partida e de repente não o joguei.

Quando pensei que comecei a ficar em desvantagem foi após o sacrifício das Brancas 17.Cxd5, no entanto esta jogada seria esmagadora se tivesse sido feita no lance anterior. Com este sacrifício ao lance 17 eu consegui arranjar forma de não ficar a perder muito e fiquei com um peão a menos, mas um Bispo e um Cavalo pela minha Torre, o que a meu ver é melhor para mim.

A minha ideia era clara, trocar as Damas e tentar ganhar vantagem com o meu Bispo e Cavalo juntos, e oportunidade surgiu após 26.Td2. Após as Damas terem sido trocadas, por volta do lance 31 senti que tinha uma posição muito boa de defender, com Bd5 a defender c6, e c6 a defender Bd5. Estas duas peças no centro do tabuleiro impediam muitas movimentações do par de Torres das Pretas.

Um primeiro erro inicial foi ao colocar o meu Cavalo em d6, uma casa indefensável, mas com a ideia do duplo em e4. Ainda assim, g5 seria uma óptima casa para o Cavalo.

A minha última oportunidade de poder ganhar o jogo foi ao lance 40 se tinha jogado Bg2! que tinha como continuação 41. Rh5 Cc8 (se Te8+ ou Ta8 eu jogo Rh7 e tenho mate muito perto, se no lance anterior eu joga-se Txh3+ são as brancas que têm mate em 6) 42. Txg7 CxT 43. TxC e ficava com Torre e Bispo contra Torre. No entanto, já com pouco tempo, esta jogada passou-me ao lado e após uns lances perdi a partida.

Ainda tive tempo para um ultimo erro quando as Pretas atacam o Cavalo e Bispo ao mesmo tempo, não vi Cc4 o que fazia com que salvasse ambas as peças. Optei por Cxp e depois Be8 foi ainda pior.

Resumindo a partida, achei que foi muito interessante de jogar e analisar, mesmo perdendo a Torre por Cavalo e Bispo senti que podia jogar para ganhar, o que tentei fazer até me ter escapado o lance vencedor e ter jogado dois lances no fim que me fizeram perder a partida.

Após 4 partidas contra Francisco estamos agora empatados 2-2 =D (empate no 5º A Arte da Guerra, empate no III Nocturnos, vitória no III Pontex e agora derrota) e vamos ver quando surge o desempate :)

Os parabéns ao Francisco que com esta vitória garantiu o 2º lugar neste torneio.

Fiquem à vontade de comentar esta análise.
PS: os lances finais não são os correctos, pois foi uma partida de semi-rápidas, no entanto depois de perder o Cavalo e o Bispo jogamos mais alguns lances mas desisti passado um pouco.