sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 4ª ronda

Mesa 1. Francisco Assunção [1505] 1/2 - 1/2 Hugo Soares [1537]




E passadas quatro rondas, já não existem jogadores apenas com vitórias. Os únicos com a possibilidade de manterem um registo apenas de vitórias era eu e o meu colega Francisco Assunção, tendo-nos defrontado nesta ronda. Com 1 ponto de vantagem dos mais directos perseguidores a pressão neste jogo não era muita e as peças foram sendo trocadas naturalmente, sem nunca ter havido vantagem para qualquer um dos lados. Eventualmente, e num final de peões + Cavalo o empate acabou por ter sido acertado numa altura em que as brancas tinham jogado f4 e havia uma ligeira vantagem (+0.15 pelo Rybka 2.2n2) para as pretas, mas onde se um dos jogadores tentasse a vitória poderia arriscar-se a perder.

Com este empate, o "grupo perseguidor" aproximou-se dos dois da frente e agora a vantagem é de apenas meio ponto. No entanto, o anterior grupo de 9 jogadores com 2 pontos, reduziu-se agora a apenas 5 jogadores com 3 pontos conquistados, sendo previsível que os 3 apurados para a Final já estejam nestes 7 primeiros. 


domingo, 23 de janeiro de 2011

Campeonato Nacional 3ª Divisão - 3ª ronda

Clube Millennium BCP 2-2 AC Alfenense

Mário Marques (1766) ½-½ Francisco Assunção (1505)
Jorge Pinheiro (1569) ½-½ Hugo Soares (1537)
António Araújo (1682) 0-1 António B. Pintor (1499)
Bernardino Pereira (1344) 1-0 José Pintor (1397)


Jogou-se hoje à tarde mais uma ronda da 3ª Divisão do Campeonato Nacional por Equipas. Depois do desaire caseiro frente ao GX Porto IV (0.5-3.5) a equipa queria hoje redimir-se na visita ao Clube Millennium BCP, jogo este realizado nas instalações do GX Porto. Este era um jogo importante na luta pela permanência já que embora na teoria o adversário fosse mais forte, este era um jogo ao nosso alcance. Fica, para já, a minha partida:


O jogo iniciou-se de forma calma, com as pretas a utilizarem a Defesa Eslava, transposta depois para a Defesa Semi-Eslava variante Bogoljubow. Senti-me confortável nos primeiros lances até à ameaça de Cc4 pelo meu adversário que ia deixar um Cavalo bem posicionado (na última ronda frente a André Sousa passei um bom bocado depois do meu adversário ter deixado um Cavalo muito bem colocado) então tratei de deixar o meu Cavalo também numa boa casa, e ao lance 18 o tabuleiro estava razoavelmente simétrico.

Quando o meu adversário troca o seu Bispo pelo meu Cavalo, senti que poderia ganhar com isso alguma vantagem,  visto ganhar um peão passado que nessa altura estava bem suportado e ter as minhas Torres prontas a atacar a coluna-b. Foi isso que aconteceu e ao lance 27 o meu adversário acabou por oferecer-me um peão com 27...Bc6? A minha vantagem materializou-se ainda mais após as Torres terem sido trocadas e ter ganho mais um peão, o de b3. Com dois peões de vantagem e dois peões meus passados  não adivinhava as dificuldades que se seguiram. 41. gxf3 exf3 42. Dd1 decidia a partida obtendo o meu terceiro peão de vantagem, mas optei por 41.g3. No entanto, a ameaça de um sacrifício de Cavalo em g3 foi demasiado grande e comecei a defender quando os lances pedidos seriam avançar o meu peão passado de c5. O lance 50.c7 seria decisivo, mas mais uma vez preocupado com o sacrifício do cavalo joguei 50.Bd6. Outro lance menos conseguido foi 53. Be7? quando o melhor seria 53. Be5 tapando a diagonal da Dama ao Rei (ou mais uma vez avançar o peão passado de c6).

Ao lance 55 tive a oportunidade de mais uma vez trocar o meu Bispo pelo Cavalo e terminar com os padrões de mate mas novamente não joguei o lance pedido, e vi-me numa situação em que as Pretas tinham mate em 13! Pior do que isso foi só no lance seguinte quando me pus a jeito e as Pretas já tinha um mate em 3 (!!) que não conseguiram vislumbrar. Num final de apenas Damas e três peões para cada lado podia ter garantido o empate por perpétuo com 62. Dg4+ mas fui à tentativa de mais, mas o que quase arranjei foi maneira de perder se as Pretas jogavam 71...e2! Este lance não foi jogado e a partida acabou empatada por acordo.

Ora, após ter ganho uma vantagem de mais de 10.00 e de me ter posto numa situação de mate em 3 para o meu adversário, o empate acaba por não ser o pior dos resultados, sendo que ainda assim eu fui o primeiro a falhar e todas as oportunidades do meu adversário vieram da minha incapacidade de concretizar a minha grande vantagem.

Nas outras partidas, José Pintor desperdiçou uma boa oportunidade de vencer ao enfrentar a Defesa Alekhine, que este não enfrentou da melhor forma. Uma distracção fez com que perdesse uma Torre e eventualmente a partida. António B. Pintor foi o único do AC Alfenense a ganhar, após ter tocado o telemóvel ao seu adversário. Por fim, num jogo de 3h30, Francisco Assunção empatou numa partida em que ambos jogadores sacrificaram a qualidade em alturas diferentes e em que o seu opositor não conseguiu concretizar um final onde tinha um peão a mais, deixando-se empatar. O empate final de 2-2 acaba por ser um resultado bastante aceitável.

A 4ª ronda já só será jogada em Fevereiro, a 19, em que a equipa vai receber o GD Dias Ferreira III. Antes disso, a 12 de Fevereiro, joga-se a 3ª ronda da Taça AXP em que a equipa volta a deslocar-se à sala do GX Porto para defrontar a sua equipa A. Entretanto, a não esquecer a escaldante partida da próxima quinta-feira entre Francisco Assunção e eu, na 4ª ronda do 6º A Arte da Guerra. 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 3ª Ronda

Mesa 1. Hugo Soares [1537] 1 -0 André Martins [1331]



Nova jornada da Preliminar A do Distrital Individual do Porto e nova vitória para mim, a terceira consecutiva. Mas mais uma vez, não tive a vida facilitada, num jogo que durou 2h30 e teve 73 lances.

A partida começou tal como eu tinha previsto, ou seja, com 1. d4 d5 2. c4 Cf6 3. PxP mas aqui o meu adversário optou por tomar o peão de Dama para depois voltar à casa de partida com 4. Cc3. O jogo entrou rapidamente numa sequência de trocas em que a minha ligeira vantagem desvaneceu-se, até conseguir trocar as Torres e ficar com um bom centro de peões, ainda assim, a meu ver, o meu adversário tinha uma estrutura de peões melhor que a minha. O jogo entrou num final em que eu só pensava na vitória, observando na mesa ao lado o grande jogo da jornada entre Carlos Ribeiro e Francisco Assunção. Francisco tomava a dianteira do jogo, e eu tinha que "espremer" ao máximo a partida para tentar obter a vitória.

O que eu não vi foi que após 47...a5? as brancas têm um final ganho pois as pretas só podem movimentar o Rei, ou arriscarem-se a oferecer peões. Assim, a troca de peões no centro seria benéfica para mim pois ganharia o peão de f5 (os as pretas ofereciam o peão de b6). Como não vi esta sequência de movimentos tentei literalmente dar a volta ao tabuleiro.  Do lance 49 ao 56 o meu Rei teve o seguinte percurso: d4-e3-f3-g3-h4-h5-g5-f6! tudo isto para quando chegasse a f6 tivesse o Rei adversário em d6. O meu plano concretizou-se e consegui promover para Dama, ao passo que o meu adversário também conseguiu e com a vantagem do xeque. Eu consegui "esconder-me e a única forma das pretas tentarem agarrar o jogo era com 61...Qxc4 mas optaram por 61...Qf5 e passados uns lances consegui a vitória.

Foi então, a terceira vitória consecutiva, que me deixa na liderança do torneio agora apenas com a companhia do meu colega Francisco Assunção. Ambos com 3 pontos, levemos uma vantagem já de 1 ponto para o grupo de perseguidores com 2 pontos composto por José Cachorreiro, Carlos Alberto, André Martins, Jorge Dias, Luís Dias, Hugo Moreira, Fernando Azevedo, André Costa e Rui Miranda. Assim, na próxima jornada será certo o nosso encontro, que se irá repetir tal como na última edição deste torneio, mas desta vez com as cores invertidas. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Campeonato Nacional 3ª Divisão - 2ª ronda

AC Alfenense 0.5 - 3.5 GX Porto IV


Francisco Assunção (1505) 0-1 Nuno V. Sousa (1742)
Hugo Soares (1537) 0-1 André Ventura Sousa (1607)
António B. Pintor (1499) 0-1 Álvaro Brandão (1730)
José Pintor (1397) 0.5-0.5 Rui Wang (1565)


Fica aqui a minha partida de hoje, já com as melhores alternativas posteriormente analisadas:


Nesta partida optei por voltar a utilizar a defesa siciliana, abertura que tenho vindo a utilizar mesmo sem a possibilidade de grande estudo, e os primeiros lances jogados foram todos teóricos. Ainda assim, o lance 12 foi um dos lances marcantes da partida após 12.Cd5! uma peça excelentemente colocada no centro do tabuleiro bloqueando-me 8 casas! Após 18... c4! começo a ganhar uma ligeira vantagem pois as brancas começam a abrir um bocado o roque grande quando eu já tinha a minha Dama e Torre alinhadas e apontadas ao Rei. Onde poderia ter mantido a minha ligeira vantagem era com 23... a4 em que poderia ganhar um peão passado se as brancas jogarem 24.b4 ou ficar com uma melhor posição se 24. PxP. As Damas foram trocadas e comecei a ficar com poucas casas para jogar até ser empurrado ao máximo para a última linha. No entanto, e depois de mais de 2h30 de jogo tive uma quebra grave na concentração e joguei 41...Tc6?? oferecendo o Bispo, quando anteriormente a esse lance as brancas já levavam +0.90 de vantagem, vantagem  esta que com algum cuidado poderia ser controlada. Depois desse lance desisti da partida.

O resultado global de 0.5-3.5 acaba por não ser muito estranho devido à diferença entre as equipas, e na próxima ronda a equipa vai já ter um dos jogos mais importantes neste campeonato, ao visitar a equipa do Clube Millenium BCP, um dos adversários directos na manutenção.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 2ª ronda

Mesa 2. Hugo Moreira [1523] 0-1 Hugo Soares [1537]



Em mais uma reedição de uma partida dos últimos dois anos (defrontei Hugo Moreira na 1ª jornada do 4º A Arte da Guerra e na última jornada do 5º A Arte da Guerra), voltei a vencer Hugo Moreira e pela 3ª vez consecutiva de pretas.

Num jogo bastante renhido, foi o final que foi decisivo e onde após ter tido muita calma e ter "sofrido" 15 xeques consecutivos (!) consegui passar ao ataque e 7 lances após isso as brancas desistiram. Uma análise mais alargada ficará para mais tarde.

Com esta vitória, sigo neste momento no grupo dos primeiros (os 1º e 2º do ranking já perderam) com 2 vitórias em dois jogos, acompanhado pelo meu colega Francisco Assunção, os jogadores do Santo Tirso Jorge Dias e Carlos Ribeiro, e finalmente André Martins do Pontex.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

6º A Arte da Guerra - 1ª ronda

Mesa 3. Hugo Soares [1537] 1-0 José António Pacheco [1325]



Jogou-se hoje, em Santo Tirso, a preliminar A do Distrital Individual do Porto - 6º A Arte da Guerra.
Neste torneio, comecei como no ano passado ao defrontar de brancas José António Pacheco, que mais uma vez deu bastante luta, conseguindo eu obter a vitória após um erro de José.

Nesta partida optei por voltar aos velhos tempos e jogar 1.e4, sem grande estudo prévio, numa tentativa de obter uma vitória rápida. O meu adversário fez alguns lances estranhos na abertura, e ao lance 11 a minha vantagem já era de +0.60 segundo o Rybka.


O jogo prosseguiu com algumas trocas após que se chegou a um dos lances chave da partida:


As pretas acabam de jogar d5 na tentativa de salvarem um peão e eu jogo Bxe5? em vez de e4xd5! que ganhava um peão limpo. No entanto, a variação que estava na minha cabeça era: 1. Bxe5 d5xC 2. BxC BxB 3. TxB c3 4. Cb2 Tc8 5. Cc1, e nem prestei atenção a 4... Txa3! que só vi depois da sequência se ter iniciado. Ainda assim, o meu adversário  nem jogou o que eu inicialmente tinha pensado, nem o que me ocorreu depois, jogando 3...b5 4. Tf3. Tinha ganho um peão de vantagem mas na minha cabeça o jogo estava demasiado empatado, pois não estava a arranjar forma de desenvolver o meu jogo. Após alguns lances de Cavalos e Torres para os dois lados, atingiu-se a última posição chave da partida:


São as pretas a jogar, e muito rápido jogam o estranho 1. ...Cxb4?? 2. a3xb4 TxT 3. CxT e a partir daqui o jogo terminou. Na realidade, o lance das pretas era o  pedido mas no lance anterior, em vez de terem jogado g5, porque depois disso já tinha jogado Cc3 ao prever o que poderia ter acontecido.

Acaba por ser uma vitória difícil, num aviso para manter a minha atenção nas próximas partidas se quero atingir o pódio mais uma vez. Mais tarde irei postar a partida completa, mas esqueci-me da folha com a partida apontada e não quero introduzir lances não jogados, visto que no final os movimentos de Cavalos foram um bocado confusos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Próximos Torneios

Na próxima 5ª feira vai-se iniciar a preliminar A do Distrital Individual, novamente em Santo Tirso, o "6º Torneio A Arte da Guerra".

Como já é habitual, vou estar presente pelo 3º ano consecutivo neste torneio que me já trouxe dois segundos lugares, tentando mais uma vez terminar no pódio. A acompanhar-me, estará o meu colega do AC Alfenense, Francisco Assunção, vencedor da anterior edição deste torneio.

Este ano, vão participar 22 jogadores de 3 clubes diferentes, onde irão estar 3 lugares em disputa com direito a jogar na Final do Distrital.

O emparceiramento para a 1ª sessão já saiu, e curiosamente calhou-me o mesmo jogador que na edição passada. Que eu obtenha o mesmo resultado que no nosso último embate ;)

3 1537 Hugo Daniel Soares         0        0  José António Pacheco      1325   14


De realçar a minha prestação no "5º Torneio de Natal Conde de S. Bento", também em Santo Tirso, onde obtive um bom 7º lugar, em 90 jogadores. Não me foi possível colocar aqui as minhas partidas realizadas, sendo que fica o registo de 5 vitórias e 2 derrotas, entrando na disputa do pódio na última partida.

Este é um mês de facto bastante ocupado em termos de jogos, pois além da preliminar A, com 4 jogos este mês, vai também começar o Campeonato Nacional por Equipas, onde a equipa do Alfenense vai tentar mais uma vez manter-se na 3ª Divisão, feito alcançado na última época. Vão ser 3 jogos este mês para esta competição, onde ainda falta saber a série em que a equipa será colocada, tal como os adversários.

Já no mês de Fevereiro, o Campeonato Nacional por Equipas continuará com mais 2 jogos, enquanto que a Preliminar A será concluída nesse mês. De volta à acção estará a Taça AXP, onde a equipa A do Alfenense mantém-se invicta até ao momento defrontando o GX Porto A na 3ª ronda, já com garantia de chegada pelo menos até à 4ª ronda (só jogada em Março) mesmo em caso de derrota.