CN por Equipas 3ª Divisão 2012

E está aí à porta mais um Campeonato Nacional por Equipas 3ª Divisão.

Após ter garantido, mais uma vez, a manutenção na 3ª Divisão, a equipa do AC Alfenense vai voltar a participar nos Nacionais, tendo como principal objectivo a manutenção e só depois dessa estar garantida poder pensar noutros vôos. 

Esta época, a equipa apresenta-se na série B, em conjunto com mais 7 equipas. São elas:

1- Colégio de Gaia I
2- GD Dias Ferreira III
3- Atlético Clube Alfenense
4- Grupo Xadrez Porto III
5- Grupo Xadrez Porto IV
6- NXEB Ponte
7- GD Dias Ferreira IV
8- O Bila - CX Vila Real

Relativamente às equipas adversárias, voltamos a encontrar as duas equipas do GX Porto e as duas do GDDF, equipas que defrontamos na época passada, com resultados positivos (1 vitória, 2 empates, 1 derrota). Juntam-se a estas as equipas do Colégio de Gaia e do NXEB Ponte, equipas que vamos defrontar pela 1ª vez a este nível, e a equipa d'O Bila, que encontramos no 1º ano que a equipa esteve no CN.

Adivinha-se um campeonato bastante disputado, tanto para a luta pela manutenção tanto como para a luta para a promoção à 2ª divisão. Um pormenor que será interessante para juntar a esta luta pela promoção à 2ª divisão é que se as equipas do GXP e GDDF que se encontram nas 1ª e 2ª divisões se mantiverem, as únicas equipas que passam a lutar pela promoção são o AC Alfenense, Ponte, Colégio de Gaia e O Bila.

A 1ª jornada já está marcada para 14 de Janeiro às 15h00 com os seguintes jogos:

Colégio de Gaia I - O Bila CX Vila Real

GDDF III - GDDF IV

AC Alfenense - NXEB Ponte

GXP III - GXP IV

Taça AXP 2012 - 2ª sessão

AC Alfenense U 2-2 AX Gaia A

Francisco Assunção (1555) 1-0 André Mateus (1725)

Hugo Soares (1574) 1-0 Pedro Dias (1411)

António B. Pintor (1513) 0-1 António Alves (1500)

José Pintor (1447) 0-1 Vítor Monteiro (1399)

E à 2ª sessão da Taça AXP 2012 continua ser a equipa U do AC Alfenense a causar impacto, ao levar de vencida a equipa nº 4 do ranking (!), a AX Gaia A, equipa vencedora da Taça AXP 2009.

Quanto à minha partida, a jogar em casa voltei a ter pela minha frente as peças Pretas desta vez contra Pedro Dias, jogador que já tinha defrontado (e vencido de Brancas) na Final Distrital Individual de 2010. Foi o 1º jogo oficial desta época que pude voltar a experimentar a Caro-Kann, até que ao 5º lance joga algo que provavelmente nunca defrontei, 5. Cc3, que nesta abertura não costuma ser jogado pois não permite o avanço do peão da coluna c. Talvez por esta pequena 'falha' na abertura do meu adversário decidi tentar ganhar o peão de d4, errado! Até que ganhei o peão mas não pesei devidamente as consequências, e mesmo com um peão de vantagem a minha desvantagem era de -1.00 o que era como se fosse eu a ter um peão a menos.

O meu desenvolvimento das peças foi quase nulo (apenas Dama e Bispo) e isto custou-me caro pois após pouco mais de 10 lances jogados estava numa péssima posição. Uma sequência de lances menos conseguidos da minha parte faz com que as Brancas restabeleçam o equilíbrio material, mas com uma grande vantagem posicional, tão grande que encontrava-se várias maneiras de concretizarem essa vantagem mesmo com mate. Ao lance 14 estive para desistir da partida pois não via solução para as Pretas, e a verdade é que se as Brancas jogassem no mínimo razoavelmente bem não havia mesmo volta a dar a este jogo. Apenas me manti no jogo à espera dum erro pela parte das Brancas. Pois, a verdade é que as Brancas não fizeram este "razoavelmente bem" e decidiram trocar as Damas, talvez por eu nesse momento já ter apenas 10 minutos no relógio. 

O resultado é que a minha desvantagem passou de -14.00 para aprox. -2.00 o que me dava um novo alento, mesmo com pouco tempo no relógio. Senti o meu adversário a ir-se abaixo psicologicamente e parti para "cima" dele, jogando quase como se fosse uma partida de semi-rápidas. Ao lance 24 o meu adversário acabou mesmo por fracassar, ao dar-me Torre por Cavalo, e a partir daí a vantagem estava toda no meu lado. A partir daí não facilitei e joguei da forma mais simples que encontrei para levar a partida de vencida. Ao lance 30 as poucas chances do meu adversário acabam-se, quando garanto que ganho-lhe o Cavalo.

O resultado final foi, então, uma vitória para mim enquanto na mesa ao meu lado, Francisco logo de seguida vence também a sua partida quando André Mateus eu apuros de tempo simplesmente deu a sua Dama. Nas outras duas mesas registaram-se derrotas para os irmãos António B. e José Pintor. Assim, a equipa volta a vencer por vitória em tabuleiro superior após empate a 2, tal como na 1ª sessão.

As restantes equipas do AC Alfenense tiveram sortes opostas, já que a equipa J sofreu a 2ª derrota sendo assim eliminada da competição, enquanto a equipa S redime-se do desapontante resultado da ronda anterior e vence por 3.5-0.5 avançando assim para a 3ª sessão. Relativamente à equipa U, esta já tem presença garantida pelo menos até à 4ª sessão. A 3ª sessão agora só será jogada a 11 de Fevereiro.

Outros resultados:

AP Vila D'Este A * 0.5-3.5 AC Alfenense S

GD Dias Ferreira E 4-0 AC Alfenense J *

* Equipas eliminadas

Taça AXP 2012 - 1ª sessão

AC Alfenense U 2-2 GD Dias Ferreira C

Francisco Assunção (1555) 1-0 Henish Balu (1689)

Hugo Soares (1574) 1-0 Roberto Mendes (1673)

António B. Pintor (1513) 0-1 Pedro Mendes (1671)

José Pintor (1447) 0-1 Etelvino Lima (1594)

E aí está, oficialmente, a época 2011-2012. Como tem sido hábito nas últimas temporadas, as competições oficiais começam mais uma vez com a Taça AXP, que já vai na sua VI edição.

Esta época a grande novidade é a presença de três equipas por parte do Alfenense, que se reforçou bastante neste defeso, com alguns jogadores do agora extinto Moto Clube, outro da AX Espinho e juntando alguns jovens que se estreiam na modalidade pela 1ª vez. 

Nesta 1ª ronda, coube à equipa U, onde sou o capitão, receber a formação do GD Dias Ferreira C, equipas que já se tinham defrontado na 3ª Divisão Nacional da época passada, obtendo um empate a 2. Tal como na época passada, voltei a defrontar de Pretas Roberto Mendes por isso já tinha alguma ideia do que podia contar deste jogador (tínhamos empatado no último jogo).

Como sabia de antemão a provável abertura do meu adversário, tentei ser um bocado criativo no início e jogar algo que o meu adversário pudesse não estar bem preparado como por exemplo 3... c5. Ao contrário do nosso último jogo, esta foi uma partida aberta com a troca dos peões das colunas d/c e tentei ganhar alguma iniciativa com 9...Db6, ficando com Bispo e Dama apontados ao roque das Brancas, impedindo que as Brancas pudessem jogar Td1, que seria a sua ideia no meu pensamento. Surgiram algumas trocas praticamente inevitáveis no centro do tabuleiro, e já com apenas o par de Bispos e Torres para cada lado, mais peões, chegava à altura de desenvolver algum plano de jogo.

Nesta altura a minha posição era ligeiramente inferior na minha opinião. O par de Bispos das Brancas estava colocado em duas boas diagonais, enquanto eu tinha o problema do peão de b7, que ao ser atacado tinha que manter o meu Bispo em c8 para o defender, ou jogar Tb8 (que seria contra-atacado com Bf4). Assim, tinha a vida complicada para conectar as minhas Torres enquanto o meu adversário conseguia fazer isso sem muita dificuldade.

As Brancas jogam 16.Bf4 para impedir Tb8 e pensei inicialmente na sequência f6-e5, mas quis arriscar e forçar o meu adversário com 16...e5, pelo que as Brancas tomam o peão, e depois de 17...Te8 as Brancas voltam com o seu Bispo para f4 e 18...Txe2 as Pretas mantêm alguma pressão na penúltima linha, atacando o peão de b2 e pressionando o peão de f2. impedindo que qualquer Torre das Brancas fosse para e1. No entanto, o meu adversário não avaliou bem a sua posição e fez mesmo 19.Tae1?? prontamente desistindo após 19..Bxf2+. 

Esta foi a 1ª partida a terminar, seguindo-se da derrota de José Pintor e António B. Pintor, e terminando com a vitória de Francisco Assunção, empatando assim a partida e obtendo a vitória em tabuleiro superior. Este resultado garante desde já a presença da equipa na 3ª ronda da Taça.

Quanto à equipa AC Alfenense J, recebeu em casa o Clube Millennium BCP e perdeu apenas pela margem mínima (1.5-2.5), tendo feito uma bela surpresa por parte de Tiago Pereira ao empatar com Mário Marques (1769) e Rúben Alves que na sua estreia oficial vence um jogador cotado com Elo Fide, Eduardo Ferreira (1719). A equipa AC Alfenense S, foi a casa da Ass. Clube de Jazz e ainda se desconhece o seu resultado.

A próxima ronda será já no próximo sábado, 27 de Novembro.

Final Distrital Individual - 7ª jornada (última)

Mesa 8. Rafael Luís Silva [1151] 0-1 Hugo Soares [1574]

E assim chegou ao fim mais uma edição do Campeonato Distrital Individual do Porto. Na última ronda, calhou-me defrontar o único jogador apenas com derrotas neste torneio, e então a vitória era obrigatória.

Assim, e partindo do jogo que o meu adversário já tinha feito com Francisco, joguei a variante Dragão Acelerado da Defesa Siciliana e sai-me melhor. Ao lance 10 já poderia ter ganho um peão, mas muito sinceramente não consigo encontrar explicação por não ter tomado, apenas desconcentração momentânea porque ao lance 13 já tinha ganho outro peão. O jogo prosseguiu sem o meu adversário ter dado nenhum peça, até ao 23º lance em que vou ganhar uma Torre, e uns lances depois um Cavalo. Este é um adversário que leva o jogo até ao mate, então a partir do lance 31 eu tinha Bispo e Torre (mais peões) apenas contra peões do meu adversário, e foi só avançar o peão de a7 até promover e dar o mate.

Finalizando o torneio, fico assim com 3.5 pontos em 7 possíveis, classificado em 11º num grupo de jogadores com 3.5 pontos que vai até ao 7º lugar, que era o meu lugar inicial. Assim, volta à memória o ponto perdido na 5ª ronda frente a Rogério Oliveira, que com 4.5 pontos (se concretizasse na mesmas as duas vitórias finais) dava direito a aspirar ao pódio.

A surpresa, veio da mesa 2 onde Miguel Ferreira conseguiu um empate frente ao MN António Silva, num final em que tinha apenas Cavalo contra Bispo e 2 peões, mas numa posição completamente empatada. Assim, este empate desfez a possibilidade de ocorrer um match de desempate entre os dois primeiros, e fez com que o MF Jorge Ferreira se sagra-se Bi-Campeão Distrital, com MN António Silva logo meio ponto atrás, e com o meu colega de clube Francisco Assunção na 3ª posição, com melhor desempate do que Mário Massena.

A actividade xadrezística parece que vai entrar agora numa fase de paragem, onde apenas alguns torneios de rápidas / semi-rápidas que se venham a realizar podem vir a animar esta fase. A realçar ainda, um torneio inédito organizado pelo Pontex, para combater a fraca aderência dos jogadores esta época, um torneio on-line que se irá realizar na próxima quarta-feira à noite. Podem saber mais aqui.

Final Distrital Individual - 6ª jornada

Mesa 6. Hugo Soares [1574] 1-0 João Pedro Castro [1412]

Jogou-se ontem a 6ª, e penúltima, ronda da Final do Distrital Individual. Depois do desaire da última ronda, precisava desesperadamente de uma vitória hoje para tentar ainda superar a marca dos 3 pontos, resultado na época anterior.

Contra João Castro, voltei a jogar de Brancas, e efectuei o meu desenvolvimento bastante rápido, tendo a certa altura focado em atingir o peão de b7. No entanto, a minha rapidez foi apenas até ao lance 16, quando o meu adversário joga 16...Cc5! pelo qual não estava propriamente à espera e que me estragou os planos. As Pretas estavam na iminência de ganharem um peão, já que não vi a variante em que salvava o meu peão e mantinha uma estrutura razoável (ver em cima), mas como demorei aproximadamente 30 minutos para escolher uma variante, o meu adversário lá achou que não deveria tomar o peão de a4, e preferiu jogar primeiro 17...h5? que coloca as Pretas numa situação delicada, pois numa série de lances seguidos passam a jogar apenas com Dama frente a duas Torres e Bispo. A partir desta altura, a partida praticamente simplificou com umas trocas de peões e quando consegui um lugar seguro para o meu Bispo enquanto tinha total liberdade com as Torres para atacar os peões de c5 e a6. Assim, nesta altura, as Pretas desistem.

Passo a contar assim com 2.5 pontos, e na última ronda vou enfrentar o último classificado, Rafael Silva, que conta por derrotas todos os jogos deste torneio. Abrem-se assim as perspectivas para terminar o torneio com 3.5 pontos, superando a marca do ano passado.

Final Distrital Individual - 5ª jornada

Mesa 6. Hugo Soares [1574] 0-1 Rogério Oliveira [1540]

Jogou-se ontem mais uma ronda da Final do Distrital Individual. Nesta partida estava com confiança para voltar às vitórias pois estava a ficar para trás e apenas com 1.5 pontos após 4 sessões.

O meu adversário optou por utilizar a Defesa Nimzo-Indian, variante clássica. A partida seguiu um desenvolvimento normal, com as brancas a terem uma maior presença no centro, após terem os peões em e5 e d5. Nesta altura o jogo ficou algo passivo porque tentava arranjar um plano para furar a defesa das Pretas, enquanto que estas planeavam colocar pelo menos um Cavalo em f4. Depois de termos trocado um par de Cavalos, e ter jogado f3 senti que teria uma maior vantagem, pois tinha uma estrutura de peões sólida, e a coluna-c livre para procurar um ataque, que o fiz. No entanto o Bispo de d6 foi sempre uma chatice para mim pois era bastante difícil eliminá-lo do tabuleiro enquanto estava ao mesmo tempo a defender c7 e a impedir que eu jogasse e5. As pretas foram-se defendendo como podiam, sem me ter dado hipótese de ganhar alguma vantagem, tendo proposto empate após 36...Te7, mas senti que estava na obrigação de tentar a vitória, já com o meu adversário em apuros de tempo. Arranjei um plano de conseguir eliminar o Bispo de d6, com uma série de lances estudados, tendo-me falhado dois lances, num em que eu perdia um peão e noutro em que até conseguia trocar a minha Torre pela Dama. Ao lance 44 as Pretas já com pouco tempo sacrificam o seu Bispo por dois Peões e com perspectivas de mate, mas eu tinha tudo defendido. Tinha, disse eu  bem pois ao lance 48 ofereço mate em 1 com 48. Cxf4 ?? O meu adversário tinha 3 minutos no relógio e queria aproveitar esse facto, mas quem se prejudicou fui eu. 48. Te6, por exemplo, ganhava a partida.

Foi um grande sentimento de frustração que senti após ter levado mate, quando tinha esta partida na mão, e quando já estou  num nível em que erros destes são inaceitáveis. Com isto, mantenho-me perto do fundo da lista dos jogadores, com 1.5 pontos e com mais do que obrigação de vencer as duas últimas partidas e tentar minimizar os estragos.

Distrital por Equipas de Semi-Rápidas

Foram jogados hoje os Distritais por Equipas de Semi-Rápidas. O Alfenense fez-se representar por 4 jogadores, estando eu entre eles e em conjunto com Francisco Assunção, Tiago Pereira e Hugo Gomes.

Chegamos ao local do jogo já um pouco em cima da hora, mas qual foi o nosso espanto quando no local apenas estava presente a equipa do B Pontex. Chegou entretanto a equipa A do Pontex, tal como o GD Dias Ferreira e estas foram as únicas quatro equipas a participar neste torneio! Ora esta seria a oportunidade perfeita para uma equipa do Alfenense chegar pela primeira vez ao pódio num destes torneios.

1ª ronda: Alfenense 0-4 GD Dias Ferreira

Já se adivinhava uma derrota nesta partida, com Hugo Gomes e Tiago Pereira a perderem os seus jogos em pouco tempo. Eu jogava frente a Emanuel Sousa e Francisco contra António Caramez, e ainda dávamos luta. No meu jogo, cheguei a um final com Dama e 3 peões contra as mesmas peças do meu adversário, mas a posição de Emanuel Sousa era francamente melhor e após termos trocado as Damas as Brancas conseguiriam promover um peão primeiro que eu, então desisti. Entretanto também acabava a partida na mesa 1, com Francisco a ser levado de vencida.

2ª ronda: Alfenense 3-1 Pontex A

A jogar de pretas frente a Nelson Coelho, tal como no dia anterior, o meu adversário conseguiu oferecer-me uma peça logo no início da partida, mais uma vez, tendo desta vez sido a sua Dama, como está demonstrado no diagrama acima. Após isso, ainda ganhei o Bispo de b5 e a partir daí foi só controlar a partida até à vitória final. Hugo Gomes foi o único a perder nesta ronda.

3ª ronda: Pontex B 0-4 Alfenense

Nova partida em que rapidamente ganho duas peças na abertura. O meu adversário, levava bastante tempo a pensar nas suas jogadas, mas ainda assim estava com vontade em oferecer peças. A sua demora a jogar fez com que perdesse a partida por tempo quando ainda me restavam à volta de 9 minutos no relógio.

Ora, com 2 vitórias e 1 derrota, ficamos isolados em 2º lugar, recebendo o respectivo troféu.

Apesar de apenas terem estado presentes 4 equipas, é sempre agradável sagrarmo-nos vice-campeões de um campeonato distrital, sabendo que no próximo ano a responsabilidade será maior :D

Manuel Pintor, Jorge Ferreira (GDDF), Hugo Soares (ACA) e André Martins (Pontex)

Distrital Individual de Semi-Rápidas

2ª ronda: Hugo Soares 0-1 MF Jorge Ferreira

Decorreu hoje, da parte da tarde, o Distrital de Semi-Rápidas, na Junta de Freguesia da Vila das Aves, mesmo local onde já tinham decorrido os Distritais de Rápidas no fim de semana anterior.

Antes de mais, de realçar negativamente a participação de apenas 29 jogadores, ao contrário dos 86 inscritos da época passada, reduzindo o número de rondas para apenas 7. Mas vamos aos jogos.

1ª ronda: Tiago Paulo Lopes 0-1 Hugo Soares

Numa Caro-Kann, desde cedo ganhei um peão central importante, como demonstrado acima, e a partir desse momento controlei a partida. O meu cavalo de d4 foi fundamental, e a certa altura uma distracção das Brancas ao deixarem a casa de c2 desprotegida, e com as suas Torres em a1 e e1 deram a possibilidade de duplo com Cavalo, ganhando a qualidade. O resto da partida foi simples.

2ª ronda: Hugo Soares 0-1 MF Jorge Ferreira

Logo à 2ª ronda já estava na 1ª mesa a defrontar o futuro vencedor da competição. Saí da abertura com um peão a menos, e a defrontar um Mestre Fide seria difícil recuperar. Cheguei a estar perdido por dois peões, recuperei um peão mas cheguei a um final impossível de segurar.

3ª ronda: José Pintor 1/2-1/2 Hugo Soares

No final desta partida o meu colega de clube disse que para mim este empate era uma derrota, e não podia estar mais certo. A ganhar desde cedo por dois peões, Zé recuperou muito bem um desses peões, mas a partir daí a ajuda foi toda minha já que lhe ofereci de bandeja um peão, para de seguida já estar eu em desvantagem e numa situação quase crítica. Entramos no final com Torre da minha parte contra Torre e Peão das Brancas, mas estas não souberam aproveitar esta vantagem, e mais tarde recuperei o peão perdido, trocando as Torres para obter o empate.

4ª ronda: Hugo Soares 1-0 António Pintor

No inicio da partida, o "treinador" disse-me para eu não me preocupar porque mais cedo ou mais tarde ia dar uma peça (a referência ao jogo anterior dele frente ao "Tó") e a verdade é que se falhou porque deu duas peças e não uma. Numa variante jogada no aquecimento para este Torneio, Pintor voltou a ceder-me o centro do tabuleiro e fazer um erro ao deixar-se ser atacado duplamente por um peão. A seguir aos lances demonstrados em cima, pouco se passou, ainda tendo dado tempo para trocar o meu Bispo por uma Torre.

5ª ronda: Diana Sofia Nogueira 0-1 Hugo Soares

Um jogo que gostei particularmente de jogar. No início a minha posição não era a mais favorável, pois as Brancas controlavam o centro com os seus dois peões centrais, mas fui desenvolvendo lentamente à espera do meu "momento". Esse momento chegou quando na altura do diagrama de cima, que ataco Dama e Torre com o meu Bispo. As Brancas, no entanto fixam um ataque rápido ao meu roque, que acaba por não resultar e com as Brancas a perderem por uma peça acabam por desistir.

6ª ronda: Hugo Soares 0-1 Eduardo Santos

A minha pior partida neste torneio. A partir de uma altura, concretamente ao lance 16 parto a minha cadeia de peões por completo, e as Pretas vão ganhando peão atrás de peão. Após as Damas e Torres terem sido trocadas, foi fácil para o meu adversário vencer a partida.

7ª ronda: Nelson Coelho 0-1 Hugo Soares

Partida que se tornou fácil até o meu adversário ter desnecessariamente oferecido um Cavalo. A partir daí, foi gerir a partida e ganhando mais vantagem, até o meu adversário ter acabado por desistir.

Conclui a prova com 4.5 pontos, em 7 possíveis, na 7ª posição, uma posição acima da inicial. Tinha vindo de um dia mau, e sábado acabei por voltar a realizar bons jogos, sendo que o da 3ª ronda frente a Zé foi aquele que ficou aqui mesmo na garganta :p

Amanhã estarei de volta à Vila das Aves, para o Distrital de Semi-Rápidas por Equipas, com uma equipa algo desfalcada devido à ausência da família Pintor.

Final Distrital Individual - 4ª jornada

Mesa 5. Francisco Assunção [1555] 1 - 0 Hugo Soares [1574]

Nota: Partida retirada de www.xequedopastor.blogspot.com

Na última sexta-feira decorreu mais uma ronda da Final do Distrital Individual. Pela frente tive o meu colega de clube, Francisco Assunção, naquele que será o adversário que mais vezes defrontei nos vários torneios. E relativamente a torneios de "lentas" ainda não foi desta que o venci.

Num dia claramente desinspirado, por motivos académicos, uma partida de xadrez a terminar o dia seria a última coisa que pediria. Assim, nesta partida joguei algo rápido, e fiz um ou outro lance desconcentrado que me fez perder a partida. Um sinal disso foi 14...c4 que foi jogado quase sem ter tido consciência das consequências, que seria perder um peão e andar bastantes lances a jogar de forma passiva, sem conseguir "roquar". O centro de peões das Brancas era bastante forte, e dessa forma Francisco não deixou fugir a vitória, ainda dando tempo para eu acabar a partida em estilo oferecendo-lhe uma peça. Foi, claramente, um dia para esquecer, mas melhores virão.

Na 5ª ronda defrontarei Rogério Oliveira, do GXP, que nesta edição já arrancou um empate contra Francisco (ver partida).

Final Distrital Individual - 3ª jornada

Mesa 4. Hugo Soares [1574] 1/2 - 1/2Carlos Ribeiro [1483]

Acabou à poucas horas a 3ª ronda da Final do Distrital Individual. Prometia ser uma ronda interessante, com embates imprevisíveis, e os resultados vieram a confirmar esse facto, com 4 empates em 8 jogos.

Quanto a mim, defrontei pela 2ª vez Carlos Ribeiro (a primeira foi numa ronda da Taça AXP salvo erro), mas desta vez de Brancas. Carlos Ribeiro vinha de uma série de 2 empates consecutivos, e esta partida acabou por confirmar a tendência dos resultados do jogador do NXST, acabando em mais um empate. Se ainda não venceu nenhum jogo, Carlos pode no entanto regozijar-se por ser um dos 5 jogadores do torneio ainda sem derrotas (Jorge Ferreira, António Silva, Mário Massena e Miguel Ferreira).

Relativamente à partida, foi uma partida algo calma sem grandes situações de preocupação para cada lado (o Chessmaster indica 0.00 de erros para cada lado). As pretas optaram pela Defesa Eslava, Variante Aceite, pelo que respondi com a variante Alapine, a4. Parecia que iria haver alguma acção no centro do tabuleiro, mas ambos Bispos e Cavalos foram imediatamente trocados. Por essa altura sentia que o jogo tanto podia tender para um lado como para o outro, se bem que eu era o jogador mais activo, com 3 peões já na 4ª fila e mais 1 na 5ª fila, enquanto as pretas tinham alguns peões na 7ª fila e outros na 6ª. Foi no lance 28 que demorei mais tempo a decidir-me, com 28.g3 (que era o lance pedido pelo computador), já que as Pretas ameaçavam formar o canhão de Alekhine e jogar e5, mas eu ao jogar Re1 ou Re2 iria dar a oportunidade das Pretas atacarem com Dg5. Após o lance 33, as Damas tinha sido trocadas, e eu tinha 3 ilhas de 2 peões cada enquanto as Pretas tinham 2 ilhas de 3 peões cada. Ainda assim, o equilíbrio predominava, e fiz com que o meu adversário trocasse uma das Torres, para pouco depois acertarmos o empate. 

Quanto às outras partidas, a partida mais emocionante acabou num empate com António Silva a sacrificar Bispo e Torre para conseguir xeque perpétuo frente a Jorge Ferreira, com ambos já em claros apuros de tempo. A surpresa da jornada veio da mesa 6, com Emanuel Sousa a vencer o mais cotado Fernando Azevedo. O meu colega de clube Francisco Assunção, após um belo sacrifício de Cavalo, não conseguiu promover o seu peão, e Rogério Oliveira com uma série de xeques consecutivos conseguiu levar a partida para empate.

A 4ª ronda joga-se na sexta-feira, onde eu deverei defrontar, mais uma vez, Francisco Assunção, tornando-se um hábito nos torneios que jogamos juntos (5º e 6º A Arte da Guerra, Final Distrital Individual 2010, outros torneios de rápidas/semi-rápidas).

Final Distrital Individual - 2ª jornada

Mesa 2. MN António Silva [2224] 1-0 Hugo Soares [1574]

Chegados à 2ª ronda da Final do Distrital Individual, já estava na 2ª mesa a defrontar um dos grandes favoritos à vitória no torneio, o Mestre Nacional António Silva. A probabilidade de vitória era escassa, mas existia.

No entanto, esta partida não tem grande história para ser contada já que com dois erros de abertura que cometi, praticamente comprometeu bastante o meu destino. 7...Tc8 foi um lance desnecessário, que poderia ser jogado mas numa fase mais avançada do jogo, quando já tivesse desenvolvido todas as peças e feito o roque, e depois 8...Bxc1 foi um lance realmente mau. Troco o Bispo que controlava as casas brancas, por uma peça que era inferior a esse Bispo, e o meu jogo ficou condicionado. Ao lance 18 o resultado da partida ficou bem à vista quando vi-me impedido de fazer o roque e bloqueei o meu Bispo e uma Torrre, que passaram o jogo inactivos. A partir desta altura os lances foram quase todos óbvios e foi uma questão de tempo para que as Brancas chegassem à vitória, e um jogador da qualidade do meu adversário não iria certamente deixar fugir a vitória.

Mantenho assim 1 ponto após 2 rondas, que com as partidas realizadas encontra-se dentro das expectativas. Na 3ª ronda vou ter mais um elevado desafio à minha capacidade, ao defrontar de Brancas o jogador do NX Santo Tirso, Carlos Ribeiro, que vem de dois empates moralizadores.

Destaque ainda para o jogo da 1ª mesa, em que os dois grandes favoritos ao título de campeão distrital se vão defrontar e em caso de vitória para um dos lados, poderá ser mais de meio caminho andado para o título.

Distrital por Equipas de Rápidas (Actualização)

Jogou-se hoje de manhã o Distrital por Equipas de Rápidas 2011, na Junta de Freguesia da Vila das Aves. Devido à pouca afluência em termos de equipas (estavam 9 presentes: GD Dias Ferreira, GX Porto, AX Gaia, Profigaia, NX Santo Tirso, Pontex A e B, Alfenense A e B), o torneio realizou-se no formato de todos contra todos, com 8 rondas, e uma equipa a descansar alternadamente em cada ronda.

Eu fiz parte da equipa A do Alfenense, que derrotou o Alfenense B, Pontex A e B, e empatou com o NX Santo Tirso, tendo perdido contra as restantes. Quanto aos meus resultados individuais, venci Nelson Coelho (Pontex B), Júlio Silva (Pontex A), Tiago Pereira (Alfenense B) e Luís Dias (NX Santo Tirso).

1ª ronda: Pontex A 0-4 Alfenense A

Defrontei o Júlio Silva nesta partida, e este jovem jogador tem sempre vindo a subir a cada vez que me defronta. No entanto, ainda não foi desta que me levou de vencida, e o nosso resultado pessoal já leva 3 vitórias para o meu lado.
Ganhei a partida por tempo, quando tinha um peão de vantagem e a minha vantagem posicional preparava-se para se concretizar.

2ª ronda: Alfenense A 0-4 Profigaia

Joguei de pretas nesta partida, frente à abertura Inglesa, e até me fui safando bastante bem levando a que o meu adversário tivesse que sacrificar a qualidade para ter alguma iniciativa. No entanto, uma grande demora da minha parte ao longo do jogo levou a que no final, já sem tempo nenhum jogasse bastante rápido, quando sentia que tinha uma vantagem que com mais algum tempo conseguia segurar.

3ª ronda: Alfenense B 0-4 Alfenense A

Tal como Júlio Silva, Tiago Pereira contra mim tem vindo a criar algumas inesperadas dificuldades, e talvez por alguma descompressão inicial vi-me com um peão a menos logo na abertura. No entanto, o jogo lá voltou à normalidade e após dois erros consecutivos de Tiago, ganhei-lhe a Torre e Dama

4ª ronda: Alfenense A 1-3 GX Porto

Depois de me ter saído mal com a Caro-Kann frente a Mário Massena num torneio anterior, optei por voltar a jogar e5 desta vez, e entramos numa Espanhola. No entanto, e após ter ganho uma ligeira vantagem, troquei o meu Bispo em e5 e aí voltei a ficar em desvantagem. Após alguns erros da minha parte acabei por levar mate.

5ª ronda: AX Gaia 3-1 Alfenense A

Um dos jogos mais curtos da minha carreira, ao perder de forma amadora, e ainda na abertura com lance ilegal. A explicação e o lance podem vê-los acima.

6ª ronda: Alfenense A 3-1 Pontex B

A minha única Caro-Kann neste torneio, e com uma vitória. A partida manteve-se algo equilibrada até ao final do diagrama acima. Depois, trocamos as Damas e consegui penetrar a 2ª fila com uma das minhas Torres, e comecei a limpar os Peões até o meu adversário perder por tempo.

7ª ronda: NX Santo Tirso 2-2 Alfenense A

Este jogo começou por ser bem mais fácil do que esperaria, quando o meu adversário de repente me oferece um Cavalo ao 6º lance. Passados mais uns lances, ganhei mais um Bispo e tinha já uma vantagem confortável de duas peças. No entanto as Pretas ainda conseguiram recuperar uma peça, e vi-me num final difícil por me ter posto em apuros de tempo, mas ainda assim e em apenas 10 segundos consegui levar um peão de h2 até h8 para promove-lo e depois dar mate com Torre em g2 e Dama em h1.

8ª ronda: Alfenense A 1-3 GD Dias Ferreira

No último jogo, tive o meu jogo teoricamente mais complicado contra António Caramez. Defendi-me razoavelmente bem, mas comecei a ficar com as peças demasiado presas, e estava bastante dependente do que as Brancas faziam, acabando por o meu adversário ter tempo para planear um bom ataque ao meu Rei ao qual não conseguiria resistir, acabando antes disso o meu tempo.

A classificação final foi um 5º lugar, a mesma posição da época anterior, que tendo em conta a concorrência foi uma razoável classificação. Em 1º lugar ficou o GD Dias Ferreira, seguindo-se o Profigaia e o GX Porto.

Relativamente ao Distrital Individual, o emparceiramento da 2ª ronda já saiu e cabe-me defrontar o MN António Silva, de Pretas.

Final Distrital Individual - 1ª jornada

Mesa 7. Hugo Soares [1574] 1-0 Gustavo Oliveira [1367]

E a final do Distrital Individual 2011 já arrancou! Na altura de se iniciar este torneio, apenas um dos jogadores apurados não compareceu, Fernando Nunes, tendo sido substituído pelo seu colega de clube Rogério Oliveira. Assim, subi uma posição da original e comecei o torneio como 7º do ranking geral.

A minha primeira partida, frente ao Vice-Campeão Distrital de Sub-12 Gustavo Oliveira, não se adivinhava muito complicada, mas na realidade passei por alguns sobressaltos.

Numa partida em que tive sempre a iniciativa de jogo, tentei cedo pressionar o meu adversário, para tentar ganhar um peão central, que não se veio a concretizar com as pretas a defenderem-se bem. No entanto, decidi "complicar" a partida, e principalmente a meu favor, com 19.Cc7, numa tentativa de encostar as Torres pretas na última fila, e tentar ganhar a qualidade, mas o tiro saiu-me ao lado e vi-me numa situação prestes a perder uma peça, tendo conseguido sair dessa situação sacrificando um peão. Após análise, vi que tive um grande erro nessa situação, quando 24.Cxd5 ganhava uma peça, mas foi numa altura que psicologicamente já estava afectado com a perspectiva de perder uma peça. Recompus-me mentalmente, e eventualmente consegui recuperar o peão que tinha de desvantagem, e a partir daí juntou-se algumas jogadas não muito bem pensadas do meu adversário a jogadas minhas sem qualquer erro, conseguindo ganhar uma vantagem séria na partida, e entrando num final com um Bispo e um peão de vantagem.

Quanto aos restantes resultados, todos os que tinham terminado na altura em que saí do recinto de jogo, acabaram conforme as perspectivas, exceptuando dois. No primeiro, Mário Massena venceu o favorito Álvaro Brandão após falta de comparência deste, e em segundo foi José Cachorreiro que se encontrava em apuros frente a Emanuel Sousa, tendo depois equilibrado a partida que nessa altura estava com duas Torres para Cachorreiro e uma Dama para Emanuel, mais peões.

A 2ª jornada deste torneio, realizar-se-à na próxima segunda feira. Entretanto, vou amanhã de manhã à Vila das Aves jogar pelo AC Alfenense I, no Distrital por Equipas de Rápidas.

Serão estes os melhores do Porto?

E já amanhã, sexta-feira, que começa a Final do Distrital Individual do Porto. Após terem sido apurados apenas 16 jogadores, ao contrário dos 30 apurados da época passada, o local do torneio foi mudado para a sala do GX Porto.

No entanto, com o país em crise, parece que o xadrez tem sido arrastado para esta recessão, após esta época terem-se realizado apenas 5 preliminares, e com a ausência da maior parte dos grandes xadrezistas do distrito. Com 16 jogadores apurados (média de elo de 1564), podemos observar que apenas dois jogadores ultrapassam a marcar dos 2000 pontos de Elo FIDE, tendo um deles sido apurado automaticamente, sendo ele o MF Jorge Ferreira, vencedor da última edição desta prova.

Além disto tudo, e com as inscrições a terem terminado a 24 de Junho, vemos que no dia anterior ao início do torneio ainda só estão 12 jogadores confirmados, mostrando provavelmente algum desinteresse por parte de alguns jogadores.

Para agravar estes factos, regista-se a pergunta que tem pairado sobre a AXP : Contará este torneio para ELO FIDE? Esta suspeita recai após os torneios organizados pela AXP não terem sido integrados nas listas de ELO internacional, torneios como a Taça AXP e os Distritais de Jovens.

Todas estas questões deveriam ser debatidas a seu tempo, para não causar uma maior crise no xadrez em Portugal, nomeadamente no distrito do Porto.

À parte destas questões, e voltando ao tema de abertura, ou seja, ao inicio da Final do Distrital Individual. Eu farei parte mais uma vez do elenco final deste torneio, após a participação no ano passado e qualificação no anterior. Fará companhia, mais uma vez também, o meu colega Francisco Assunção. Após o 22º lugar na edição passada, não será difícil apostar que este ano essa marca será melhorada. No entanto, a minha aposta pessoal será sempre para manter ou subir a minha posição inicial, que na lista dos apurados seria o 8º lugar.

Seguem-se aqui os jogadores com inscrição confirmada nesta prova:

1. António Silva                    2.  Fernando Nunes                    3. Álvaro Brandão                 4. José Pedro Cachorreiro

5. André Sousa                        6. Hugo Soares              7. Francisco Assunção         8. Fernando Azevedo

9. Carlos Ribeiro          10.   Mário Machado       11. Gustavo Oliveira                    12. Rafael Luís Silva                 

Entretanto, nos dois próximos fins-de-semana vão-se realizar os Distritais de Rápidas e Semi-Rápidas, por equipas e individual. Serão ambos jogados, mais uma vez, na Junta de Freguesia da Vila das Aves. Eu estarei presente no Distrital de Rápidas por Equipas, mas por indisponibilidade não estarei presente na vertente individual, enquanto no Distrital de Semi-Rápidas deverei comparecer aos dois torneios

5º Torneio Aberto da Fontes

Chega, com atraso de uma semana, a notícia do último torneio em que participei. Foi na manhã do dia 4 de Junho que eu e mais alguns colegas do Alfenense nos deslocamos à escola da Fontes, para o seu 5º Torneio aberto. Na 3ª edição deste torneio fiquei na 13º posição e na época passada fiquei em 7º, conseguindo esta época mais uma subida até ao 5º lugar. Aqui fica um resumo, por palavras, dos jogos já que a memória fotográfica dos jogos já lá vai.

1ª ronda: Hugo Soares 1-0 José Pintor

Na 1ª ronda do torneio calhou-me defrontar o meu colega de clube José Pintor. Ainda assim, este foi o jogo que mais gostei de jogar e aquele em que melhor consegui delinear um plano e concretizá-lo. Uma abertura deficiente das pretas, fez com que eu criasse demasiada pressão sobre o seu Rei, que nunca chegou a fazer o roque, e as brancas com um bispo excelentemente colocado em b2, e com toda a diagonal para ele, conseguiu fazer estragos com um ataque a descoberto e a ganhar uma Torre. O jogo posteriormente decorreu até ao mate.

2º ronda: Rui Mendes 0-1 Hugo Soares

Como defesa contra d4 nesta partida, e partindo muito da forma como o meu adversário jogou, eu utilizei o "Ataque de Torre", com 3...c5 e consegui criar alguma pressão no centro do tabuleiro, que culminou com o ganho de peão aquando de umas trocas. Aguentei esta pequena vantagem até ao final e tentei trocar as peças para ir melhor colocado para o final, até que entrados no final consigo ganhar mais um peão e após um erro do meu adversário eu ganhou a Torrei dele, acabando ele por desistir.

3ª ronda: Tiago Brandão de Pinho 1-0 Hugo Soares

Cedo neste torneio defrontei aquele que viria a ser o vencedor desta edição. Contra uma Bird, tentei desenvolver o meu jogo o melhor que podia, numa abertura que não estava tanto à vontade como certamente estaria o meu adversário. Numa altura ainda do meio jogo, cometi um erro infantil e coloquei duas peças minhas a jeito de serem "comidas" por um peão, ficando logo aí em desvantagem. A partida decorreu mas não consegui mais recuperar até acabar por desistir.

4ª ronda: Hugo Soares 1-0 Francisco Assunção

Mais um torneio, e mais um capítulo para a saga "Hugo Soares vs Francisco Assunção". Neste capítulo, a vitória sorriu para o meio lado, de uma forma afortunada, com Francisco a perder por tempo. 

Nesta partida tive um desenvolvimento algo lento, acabou por "roquar" bastante mais tarde do que desejaria, o que custou alguma iniciativa. O jogo foi bastante equilibrado até esta altura chave:

Cheguei a esta altura com pouco tempo no relógio, e um ou outro lance não foi o melhor. No entanto, após as trocas que ocorreram pensei que teria o jogo na mão, mas as ameaças de mate tal como o pouco tempo não me ajudaram. Quando perdi o Bispo a partir daí foi só jogar para o tempo, que fez com eventualmente até perdesse a Dama, mas o tempo das pretas acabaria por chegar ao fim.

5ª ronda: Hugo Soares 1-0 Manuel Pintor

A defrontar o presidente da AXP, tal como o árbitro do torneio em questão, o equilíbrio foi o grande tom desta partida. Nunca consegui encontrar maneira de desequilibrar o tabuleiro a meu favor e então a partida entrou num final com um empate à vista,  até que as Pretas oferecem uma troca de Torres suicida, ao perderem um tempo com um Rei e dando oportunidade ao meu Rei para avançar no tabuleiro e tomar conta dos peões com possibilidade de promoção, o que fez com que as Pretas desistem-se imediatamente após este lance.

6ª ronda: Mário Masseda Machado 1-0 Hugo Soares

Na última ronda do torneio, encontrava-me na 2ª mesa, com perspectivas de chegar ao pódio. Tal como no jogo contra Francisco, neste jogo pequei muito pelo meu lento desenvolvimento e tardio roque (perto do 15º lance!). Para piorar comecei a "oferecer" peças começando por um peão e um Cavalo, até uma Torre na altura de desistir. O meu adversário foi o primeiro a admitir que tinha vencido a partida sem mérito.

No geral, foi um torneio razoável da minha parte, recordando que o meu último jogo de xadrez foi a 18 de Março e que mesmo para treinos não tenho tido tempo. Finalizando com duas notas, a primeira sendo positiva já que a equipa do Alfenense venceu mais um troféu, o do 2º lugar por equipas, e da parte negativa o facto da pouca afluência ao torneio, facto verificado em praticamente todos os torneios desta época. O caso mais gritante será a Final do Distrital Individual, em que para já estão apurados apenas 14 jogadores, a faltar apenas uma preliminar. 

Quanto à minha futura actividade xadrezística, há a possibilidade de ir jogar o Open Internacional de Espinho, que seria a minha última preparação oficial para a Final do Distrital Individual.

Taça AXP 4ª Ronda (Em atraso)

Moto Clube do Porto A  3 - 1 AC Alfenense A

Luís Araújo (1941)  1/2 - 1/2  Francisco Assunção (1465)

Nuno Sousa (1978)  1 - 0  Hugo Soares (1537)

António Matos (1650)  1 - 0  António B. Pintor (1505)

António Mendes (1552)  1/2 - 1/2  José Pintor (1353) 

E à 4ª ronda, finalmente o AC Alfenense (I) foi tombado. Nesta edição, onde a equipa inscreveu duas formações, a equipa do Alfenense foi mais longe do que já tinha ido em alguma das 4 edições anteriores, chegando aos oitavos-de-final e caindo apenas frente ao vencedor da 4ª edição, embora bem mais desfalcada do que na época passada. Mas vamos antes ás partidas desta ronda.

Devido à interferência da Final do Distrital de Jovens com a Taça AXP, o jogo desta ronda foi adiado para o dia 18 de Março, e a "casa" do MotoClube acabou por ser as instalações do Alfenense devido às indisponibilidades das suas próprias instalações para essa data. Assim, a equipa do Alfenense acabou por ser a equipa visitante, mesmo jogando em casa. 

No meu jogo, coube-me defrontar, de Brancas, Nuno Sousa. Nesta partida, quis jogar algo de diferente do que tenho jogado, tentando uma abertura mais táctica do que posicional, que levasse a menos empates, e para também tentar surpreender um bocado. A minha opção foi a Catalã, mas a defesa que as Pretas utilizaram fez com que a abertura jogada foi a Benoni. A partir dessa altura comecei a jogar mais pela lógica do que pelo "livro" já que não era uma abertura que dominasse ou conhece-se de forma razoável. Isto fez com que aos poucos, as Pretas fossem ganhando alguma vantagem que culminou quando troco o meu Bispo das casas pretas, que era uma peça que poderia suportar o meu jogo se tivesse jogado Ba1. As Pretas passam a ter um grande jogo, com as peças bem combinadas, e não fizeram qualquer erro no final, sendo que quanto a mim não tinha nada a fazer. A vitória foi assim naturalmente para as Pretas. 

Nos outros tabuleiros, Francisco arrancou um bom empate na 1ª mesa depois de entrar num final com um peão a menos, mas com uns bons lances igualou a partida. Na 4º mesa, verificou-se um empate, mas neste caso era José Pintor a entrar num final com um peão a mais, devido a um excelente sacrifício de Torre no meio jogo, mas que depois não concretizou em vitória. Na 3ª mesa, António B. Pintor acabou por perder uma partida onde sacrificou algumas peças mas não conseguiu um ataque suficientemente forte para levar esta de vencida. O resultado final foi o algo justo MCP 3-1 AC Alfenense A. 

Entretanto, neste fim-de-semana jogaram-se as duas últimas rondas do CNE, sendo que devido a compromissos com a vida de estudante não me foi possível jogar estas duas partidas, com alguma pena minha. Assim, o meu "substituto" foi Tiago Pereira. Na 6ª ronda, a nossa equipa acabou por ser derrotada pela margem mínima 1.5-2.5 na recepção do Profigaia Chess, sendo que os resultados relevantes foram a vitória de Francisco frente a Carlos Pereira (1988) e o empate de António B. Pintor frente a Bruno Figueiredo (1967). Na 7ª ronda, e última, a equipa teve uma excelente exibição e venceu por 3-1 o GX Porto C, que lutava directamente connosco pela manutenção. Empate de Francisco e António B. Pintor com vitórias de José e Tiago fizeram o resultado final. Com estes resultados, a equipa obteve o 5º lugar, com os mesmos pontos do 4º e apenas a 2 pontos do 1º lugar. Numa série difícil, e com menos 1 jogo do que na época passada, a equipa conseguiu obter mais uma vitória, e ficou-se na mesma posição da edição anterior, garantindo a presença nos CNE na próxima época, pela segunda época consecutiva.

Chess Boxing !?

Não são muitos os desportos híbridos existentes, ou seja, desportos que juntam duas ou mais modalidades diferentes, mas na verdade o xadrez está presente num desporto deste género, e que se está a popularizar cada vez mais. Estou-me a referir, claro, ao "Chess Boxing".

Basicamente, esta modalidade junta as "skills" mentais necessárias para um jogador de xadrez à predisposição física necessária para um boxer. Poderia-se até tratar esta modalidade por "modalidade perfeita", onde tanto se pratica a mente como o corpo.

As regras são simples: Um match é constituido até 11 rondas alternadas de boxe e xadrez, sendo que se inicia com uma ronda de 4 minutos de xadrez, seguida de uma ronda de 3 minutos de boxe, até uma das partes terminar em vitória para um dos lados. Entre cada ronda, há 1 minuto de descanso para os atletas. A vertente de xadrez rápido é usada, onde cada jogador tem 12 minutos para terminar a sua partida.

Os participantes podem vencer por KO, por xeque-mate, por decisão do júri ou se os 12 minutos no xadrez forem excedidos. Durante as rondas de xadrez, os atletas colocam uns headphones, para que não ouçam o público nem os comentadores da partida. Se a partida de xadrez chegar a um empate, os pontos das rondas de boxe decidem o vencedor. No caso de nas rondas de boxe também existir um empate, vence o jogador com as peças negras. 

Este desporto é gerido pela "WCBO - World Chess Boxing Oraganisation" e tem como lema "Fighting is done in the ring and wars are waged on the board", que traduzido diz que "As lutas são feitas no ringue e as guerras são travadas no tabuleiro". O primeiro campeonato mundial decorreu em 2003, em Amesterdão e opôs Iepe "the Joker" (1575) frente a Luis "the Lawyer" (1550), sendo que o primeiro foi coroado campeão mundial. Entretanto, em 2009, realizou-se até agora o último campeonato mundial, onde a qualidade xadrezística já era mais elevada, onde Leo Kraft (1997) venceu Nikolay Sazhin (2005). Uma nota para o campeão europeu da modalidade, Tihomir Dovramadjiev, que é um FM Búlgaro com 2356 de Elo!

Este é certamente um desporto para aqueles que depois de uns maus lances precisariam de um saco de boxe para descarregar alguma energia.

Fica aqui um vídeo do Campeonato do Mundo de 2008, realizado em Berlim, acompanhado de comentários elucidativos, onde Nikolai Sazhin (2005) de 19 anos venceu Frank Stoldt após este ter perdido a sua Dama na 5ª ronda (xadrez).