Mesa 1. José Cachorreiro [1684] 0-1 Hugo Soares [1537]
E à terceira foi de vez! Esta é a frase ideal para começar a notícia acerca da 6ª e penúltima jornada da Preliminar A do Distrital Individual do Porto. Nesta jornada, uma vitória bastava para obter um lugar garantido na Final do Distrital, mas o jogo não se adivinhava fácil pois era frente ao nº1 do ranking inicial, José Cachorreiro. Esta era a terceira vez que nos encontrávamos neste torneio, depois de na 4ª edição eu ter perdido e na 5ª edição termos empatado. O único registo de vitória para o meu lado aconteceu no Distrital de Rápidas por Equipas da época passada. Assim, precisei de preparar algo novo para este jogo, e com uma ideia do homem das aberturas, o meu colega Francisco Assunção, decidi experimentar a Caro-Kann, sabendo de ante-mão que Cachorreiro já havia perdido neste torneio frente à mesma defesa, contra Carlos Ribeiro.
O jogo iniciou-se com a variante do avanço, da defesa caro-kann, variante onde tinha incidido mais o meu estudo prévio. Nesta defesa, as Pretas ficam com uma estrutura de peões bastante sólida e normalmente vantajosa nos finais e as peças vão sendo desenvolvidas sem grandes riscos. Segundo o ChessMaster XI, eu acabei por sair do livro ao lance 6 com Cd7, quando Da5+ estaria dentro da teoria. No entanto este lance de Cavalo possibilitava-me romper o centro com c5, defendendo ao mesmo tempo eventuais xeques tal como Db5+. O jogo prosseguiu calmamente, com algumas trocas para cada lado. Ao lance 21 o jogo parecia tornar-se mais intenso com ambas Torres de cada cor nas linhas opostas das colunas d e c, as Pretas com um bom Cavalo em d5 e as Brancas com dois Cavalos centrais em d4 e c4, apontados a várias casas. No entanto, tentava ainda arranjar um bom plano quando as Brancas fazem 25.Cd4 . Tomei de imediato o Cavalo, com ideia de depois jogar b5 e ganhar o Cavalo (ou a Torre), mas só depois vi que 28. Tcd1 defendia tudo e acabava por não ganhar nada, mantendo-se o jogo empatado como estava até ai. Mas o facto é que o meu adversário não viu esta linha e eu aproveitei ganhando o Cavalo. A partir daí as Torres foram trocadas e o resto do jogo é história. Uma pequena nota para um lance caricato que esteve perto de acontecer ao lance 38 quando peguei no Cavalo e ia preparar-me para largá-lo em e7 vendo imediatamente f6+ e acabei por jogar Cd8. Se este lance tivesse sido jogado, e perdesse um Cavalo por peão, a verdade é que curiosamente a minha vantagem ia para +9.00. Ainda segundo o ChessMaster XI, 38... Cd8 foi apenas o segundo lance na partida toda em que não concordou comigo, preferindo h5.
Com esta vitória acabei por garantir a qualificação para a final do Distrital, e ainda com uma jornada a faltar. Quem também garantiu este feito foi Francisco, vencendo a sua partida. A disputa entre o 1º e o 2º lugar ficará marcada para a última ronda, onde eventualmente tudo se poderá decidir no desempate. Nesta ronda, irei defrontar Jorge Dias, de Brancas.
Após dois segundos lugares consecutivos neste torneio, será que desta também à 3ª será de vez? Para isto e muito mais, não percam o próximo episódio, porque nós também não! :P
Entretanto, no próximo sábado volta a Taça AXP, com a 3ª ronda e um excitante jogo GXP I - AC Alfenense I. Será uma partida difícil para os visitantes, no entanto tudo daremos para conseguirmos algum ponto.
PS. Será mais um reencontro neste torneio, depois de ter defrontado Jorge Dias no "4º A Arte da Guerra", aí de pretas e com um empate como resultado final.
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