Mesa 6. Hugo Soares [1574] 0-1 Rogério Oliveira [1540]
Jogou-se ontem mais uma ronda da Final do Distrital Individual. Nesta partida estava com confiança para voltar às vitórias pois estava a ficar para trás e apenas com 1.5 pontos após 4 sessões.
O meu adversário optou por utilizar a Defesa Nimzo-Indian, variante clássica. A partida seguiu um desenvolvimento normal, com as brancas a terem uma maior presença no centro, após terem os peões em e5 e d5. Nesta altura o jogo ficou algo passivo porque tentava arranjar um plano para furar a defesa das Pretas, enquanto que estas planeavam colocar pelo menos um Cavalo em f4. Depois de termos trocado um par de Cavalos, e ter jogado f3 senti que teria uma maior vantagem, pois tinha uma estrutura de peões sólida, e a coluna-c livre para procurar um ataque, que o fiz. No entanto o Bispo de d6 foi sempre uma chatice para mim pois era bastante difícil eliminá-lo do tabuleiro enquanto estava ao mesmo tempo a defender c7 e a impedir que eu jogasse e5. As pretas foram-se defendendo como podiam, sem me ter dado hipótese de ganhar alguma vantagem, tendo proposto empate após 36...Te7, mas senti que estava na obrigação de tentar a vitória, já com o meu adversário em apuros de tempo. Arranjei um plano de conseguir eliminar o Bispo de d6, com uma série de lances estudados, tendo-me falhado dois lances, num em que eu perdia um peão e noutro em que até conseguia trocar a minha Torre pela Dama. Ao lance 44 as Pretas já com pouco tempo sacrificam o seu Bispo por dois Peões e com perspectivas de mate, mas eu tinha tudo defendido. Tinha, disse eu bem pois ao lance 48 ofereço mate em 1 com 48. Cxf4 ?? O meu adversário tinha 3 minutos no relógio e queria aproveitar esse facto, mas quem se prejudicou fui eu. 48. Te6, por exemplo, ganhava a partida.
Foi um grande sentimento de frustração que senti após ter levado mate, quando tinha esta partida na mão, e quando já estou num nível em que erros destes são inaceitáveis. Com isto, mantenho-me perto do fundo da lista dos jogadores, com 1.5 pontos e com mais do que obrigação de vencer as duas últimas partidas e tentar minimizar os estragos.
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